segunda-feira, 10 de junho de 2013

[...] NINGUÉM ESTÁ LIVRE

De acordo com António Ferreira, o Hospital de São João, no Porto, já envia os dispositivos para reprocessamento para uma fábrica alemã, tendo o acordo e apoio de médicos e enfermeiros.(quais, quantos, como?!)
Em declarações à TSF, o administrador (Presidente dos) do Hospital de São João sublinha que o reaproveitamento de dispositivos cirúrgicos de uso único tem elevada segurança para doentes e profissionais de saúde e diz que se trata de uma prática corrente em países desenvolvidos.(em quê, quais quantos onde?!)
António Ferreira fica, por isso, surpreendido com a queixa da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações (AESOP).
«Só por profundíssima ignorância ou má fé, não vejo outra fundamentação para se ter uma posição contra um despacho que regulamenta esta atividade e que garante desta forma que não se anda a fazer esterilização de dispositivos em vãos de escada», defende. (Mas se for numa fábrica alemã a funcionar na China, que as há, há, ainda pode ser mais sujo que os nossos vãos ou ides de escasda portuguesa).
António Ferreira diz que quem se recusar a utilizar este tipo de materiais por ordem da administração «fica sujeito a procedimentos disciplinares ou criminais».}. 
(Com os nossos devidos respeitos e agradecimentos à TSF, por nos proporcionar estas peças de utilíssimo recorte!)
Há uma coisa que este sr. ditador regras autoconvencido não consegue ver; o outro verso, vulgarmente identificado como o reverso da medalha.
Esqueceu um pequeno pormenor, que já é pequeno em si, no seu ditado de ditador; a "profundíssima ignorância ou má-fé" não é deles, profissionais idóneos e bem mais informados do que o "administrador bazófia ", que consome avultada verba ao CHSJ, com processos, (à nossa conta temos dois); as imposições de reutilização de dispositivos são dos fabricantes, a quem são exigidas margens de segurança.
Um destes dias, ainda vamos ouvi-lo a recuperar para reutilização os preservativos e tentar, com esse reaproveitamento conseguir, reduzir o défice dos 2, 8 milhões de euros de prejuizo da farmácia anexa ao Hospital, a última da série, pois a feira de Vandoma, agora Fontaínhas, réplica da da ladra, não parece o local próprio.
As ameaças com procedimentos disciplinares, por defender a vida dos doentes, vítimas de maus tratos da doença e destas criações, de que este é, exemplo, não merece castigo, mas sim elogio.
Quando o "regabofe" da receita excessiva, (sempre a receita), produziu 900 toneladas de lixo tóxico, devolvido à procedência, a farmácia, foi sugerido o reaproveitamenhto dos medicamentos, ainda, em prazo.
Tirando a dificuldade de não saber a quem se devia pagar os retomados medicamentos (seria como revender os alimentos da colecta da fome?).
Mas foi um escândalo e nós, até sofremos, com uma ligeira confusão que o Correio da Manhã fez acerca do que dissemos, sobre este assunto. 
Portanto, não é a profissionais conscientes, que tem de atribuir a ignorância ou má-fé, mas sim aos fabricantes dos materiais que pretende reutilizar, alterando-lhes, necessariamante, as características de resistência e inocuidade.
O que este administrador ferreira está a fazer é dar largas à sua imaginação fértil, tristemente célebre já, e tentar impor a profissionais conscientes, responsáveis e conhecedoras da sua arte, que não cabem na imaginação fértil, ao delírio, do dito cujo, a sua fixação de que a proibição de reutilização, que os fabricantes escrevem, nos dispositivos, que produzem, é porque sabem que as características dos dispositivos se alteram com o 2º, 3º... usos. Respeitar essas recomendações é normal, ou a lógica será uma batata podre.
Pensem o que seria reencaminhar as pastilhas elásticas, que são uma praga, quando se colam, para a reutilização!...
Quanto às ameaças de procedimento disciplinar, podemos começar pelo cujo, por estar a ameaçar, de ignorantes, pessoas que se limitam a ler e cumprir as instruções do fabricante de dispositivos de uso clínico. Se não fossem para respeitar como condição de uso, não seria necessário escrevê-las.
Mas, mais interessados do que nós, nas bazófias do dito cujo, devem estar os fabricantes dos materiais, que são reciclados na Alemanha (e logo aí, onde pedem ao banco dinheiro a 1% de juro que nos emprestam a 7, 8, 9%). Há negócio, pela certa!
E quem garante a este imaginário administrador lendário que a Alemanha não envia esse lixo, para a China reciclar e que, aí, em vez da esterilização, não vem uma chinesice mal imitada, fabricada sem as "patentes" que a Alemanha tanto adora, desde as "Patentes da Bayer", que bem cedo começaram a amordaçar o Mundo (ler Matthias Rath, médico alemão).
Parabéns, Colegas da [AESOP]; pela vossa coragem lúcida e inteligente. E, já agora, bem formada e informada e de boa-fé, como compete a um profissional, a quem é atribuida toda a responsabilidade do que acontece, na sala de operações, mormente as compressas e outros materiais, que os cirurgiões nervosos e inseguros deixam, no paciente, sobretudo no ventre, que é grande e largo e tem muitos artigos dispersos; uma confusão orgânica.
A vida não tem preço, tanto a nossa como a dos outros.
Não são uns cêntimos de poupança, se é que se poupa com negócios da China, que devem condicionar a vossa acção profissional ética e deontológica. Os ingleses costumam dizer: «Não sou suficientemente rico para comprar barato», pois o barato sai caro, dizem os portugueses.
O barato sai caro, responde o eco amigo e puro.
O outro imaginário, anda à procura de quantos antibioticos devem prevenir as consequências das porcarias, que fazem, nas intervenções cirúrgicas. Então diz o perito no JN de sexta-feira 7/6/13, p. 8: «Restringir a profilaxia cirúrgica a 24 horas de antibióticos e a terapia com este tipo de medicamentos a 7 dias (ena, tantos...), salvo excepções justificadas, são dois exemplos de normas reguladoras, de acordo com o responsável do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA). Entre os objectivos do Programa está a redução, até 2016, em 5% do consumo de "Carbapenemos" (uma família de antibióticos de largo espectro usados em meio hospitalar) e de 10% da resistência da bactéria staphilococus aureus à metaciclina.»
Estes lunáticos imaginativos poupam na farinha o que vão gastar depois, no farelo. Além disso são pessoas de pouca fé, porque temem o que nem sequer existe, como é o caso de consumirem defesas do organismo para atacar infecções imagiárias, porque não existem, na realidade, nem se sabe se não vão existir, quer pelo abuso profiláctico dos antibióticos, quer pela mais que provável resistência orgânica. Ai ciência a quanto obrigas o paciente
Têm o nosso voto de desconfiança, por razões que eles, mais bem do que alguém, conhecem.
Têm o nosso apoio e defesa incondicional os ameaçados, soezmente,  pelo administrador Ferreira, com processos disciplinares, por protegerem as vidas que estão a cuidar, não cumprindo a ordem bacoca de administrador convencido da infalibilidade.
Os Enfermeiros são os campeões da poupança imaginativa, porque sempre tiveram de improvisar. Mas tudo tem limites.
As comissões de escolha têm o dever de exigir a ficha técnica dos materiais e cumpri-las se não quiserem ser cúmplices em acidentes com materiais de uso único, reciclados na China via Alemanha.
Os Enfermeiros têm, aqui e agora, uma boa oportunidade de "Dar voz ao silêncio". 

Gastar, em antibióticos combatentes de infecção imaginária, na prevenção de infecções, só no pensamento, que não existem, portanto, é uma contradição que a lógica reprova. É um abuso da ciência estatística de que Florence também foi criadora. Podiam poupar aí, usando materiais não reciclados, insuspeitos, por serem seguros, de fábrica idónea.
Não deviam levar a terapêutica antibiótica à habituação, que suscita o uso dos "carbapenemos", caros como o fogo, mas que deixam comparticipações para congressos científicos. Ciência, mas não exageremos, em situações de crise.
Se entregassem o controlo das infecções aos Enfermeiros, que estão na origem desse controlo, pois foi, através dele que Florence Nightingale reduziu a mortalidade de 42 para 2%. Já havia Médicos e os tais 42 que passaram a 2% de mortes. Mas ainda não havia antibióticos.
E esta hein!

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