sábado, 20 de julho de 2013

GREVES NÃO GREVES



Enfermeiros iniciam greve, ministério acusa-os de optarem pelo “não diálogo”

A greve de dois dias que começa nesta terça-feira vai afectar consultas em centros de saúde e hospitais e cirurgias.
O sindicato dos enfermeiros (portugueses) espera uma uma grande adesão à greve PAULO PIMENTA/ARQUIVO



{Os   enfermeiros iniciam nesta terça-feira uma greve de dois dias em protesto contra a degradação das condições de trabalho, mas para o Ministério da Saúde trata-se de uma “estratégia de intimidação” do sindicato, que preferiu “a via do não diálogo”.
A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, explicou que a greve marcada para terça e quarta-feira vai afectar vários serviços em hospitais e centros de saúde, designadamente as consultas e as cirurgias.
Guadalupe Simões disse que o sindicato decidiu avançar com dois dias de greve, porque o ministro Paulo Macedo se comprometeu a agendar uma reunião com os enfermeiros para discutir matérias urgentes e não cumpriu. “O ministro comprometeu-se a agendar uma reunião entre o dia 17 e 25 de Junho para abordar matérias que estão inseridas dentro de um caderno reivindicativo. Como a reunião não se concretizou não nos deixaram outra hipótese senão levar a cabo a greve terça e quarta-feira”, sublinhou.
Segundo Guadalupe Simões, os enfermeiros estão revoltados com “a degradação das condições de trabalho”, nomeadamente o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais sem remuneração e os cortes no sector da saúde, que permitem que existam enfermeiros a ganhar 3,4 euros/hora, e a situação dos profissionais a Contrato Individual de Trabalho. “O Ministério da Saúde empurrou-nos para esta greve sabendo da importância das matérias que precisavam ser abordadas. Não agendou a reunião apesar dos nossos contactos diários”, disse a dirigente.
Tutela fala em quatro reuniões desde Dezembro
No entanto, o Ministério da Saúde rejeita as acusações, afirmando que o seu diálogo com os sindicatos tem sido “sistemático”. Segundo fonte do gabinete do ministro, a tutela reuniu-se quatro vezes com o SEP, desde Dezembro de 2012 e “outras tantas” com os restantes sindicatos, tendo a última reunião com o SEP ocorrido a 6 de Junho e estando mais uma marcada para o final desta semana.
“O SEP remeteu um caderno reivindicativo a 24 de Junho, encontrando-se o mesmo na ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde] para análise desde 27 de Junho. Por ter o SEP apresentado um caderno reivindicativo há duas semanas, não se afigura razoável imputar à falta de reuniões a necessidade de qualquer paralisação”, afirmou a mesma fonte.
O Ministério da Saúde sublinha ainda que o SEP fez publicar na imprensa o aviso prévio de greve exactamente no mesmo dia em que enviou o caderno reivindicativo a tutela. Fica assim “claro que se trata de uma estratégia de ‘intimidação’, exactamente o contrário da via de diálogo que o SEP afirma prosseguir. A via do não diálogo foi a que o sindicato preferiu”, acrescentou.
O sindicato dos enfermeiros espera uma uma grande adesão à greve, “o que irá causar vários transtornos nos serviços nomeadamente nas consultas externas, cirurgias e nos centros de saúde”, tendo publicado uma carta aberta nos jornais desta terça-feira, alertando os utentes para a “degradação dos cuidados de saúde” e a “diminuição das condições de trabalho”.
Apesar de “não encontrar quaisquer motivos para a convocação da greve”, o Ministério reafirma “a confiança que deposita no profissionalismo dos enfermeiros para que os serviços mínimos sejam assegurados, reduzindo-se assim potenciais danos aos cidadãos”.}
NB: É desta forma que se vai destruindo o poder reivindicativo dos Enfermeiros, cinicamente em nome dos direitos que estão a ser afectados nos Enfermeiros.
Cinicamente, também, o Ministério diz que esta forma, que alguns escolheram, em vez do diálogo...
Que diálogo é que o Ministério da Saúde promove?
Com quem?
Acerca de quê?
Então para a fita ficar completa, uns montaram um caderno dito reivindicativo, à pressa, com algumas coisas que constam das nossas reivindicações, mal adaptadas por falta de conhecimento das origens.
O MS manda um surdo dialogar, como é óbvio, num ininteligível "DIÁLOGO DE SURDOS"
O nosso espanto não está neste cenário, que é normal nestes protagonistas de tais eventualidades;
O nosso maior espanto é haver, ainda, gente tão distraída na nossa Classe, que consegue acreditar nisto.
Se o Ministério da Saúde quiser começar a levar mais a sério os problemas da Saúde/Doença tem lá os nossos textos reivindicativos (SE e SIPE) devidamente identificados, articulados e urgentemente necessários, para evitar o caos na Saúde/Doença, que aos da terra queimada dá um grande jeito, nas suas estratégias.
Temos de trabalhar muito, nesta área sindical, se queremos sair do pântano que a inércia criou. Mas não é através dum diálogo de surdos em que uns fingem que dizem coisas concretas e verdadeiras (passe a redundância) e outros a fingir que ouvem)
Vale a pena lutar e perder medos ridículos, pois o tigre que assusta alguns até é de mata-borrão.
Pensem nisto Colegas leitores! 

{Reunião CNESE (SEP e SERAM)/Ministério da Saúde - 19 de Julho.
Ministério da Saúde não apresentou, por escrito, pronunciamento sobre todas as matérias inscritas no Caderno Reivindicativo (Emprego, Remunerações, Regimes de Trabalho). Continua a demonstrar abertura para negociar todas as matérias ainda que reconheça maior dificuldade de umas relativamente a outras.
SEP exigiu que o Ministério da Saúde apresentasse por escrito o referido documento até, no máximo, às 10 horas de segunda feira, 22 de julho. O SEP convocou, com carácter de urgência, a Direção Nacional, incluindo delegados e activistas, para reunir a partir das 10 horas de segunda feira, dia 22 de Julho.
FICOU AGENDADA REUNIÃO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE A PARTIR DAS 15.
A VIGILIA EM FRENTE AO MINISTÉRIO DA SAÚDE ENTRE 22 E 24 MANTÉM-SE!}

NB: Lembram-se de termos dito: enquanto uns estão de férias avançam outros;
só que uns vão endo vencimentos mínimos de licenciados (1500€), enquanto outros servem de bombo de festa! 

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