quinta-feira, 18 de julho de 2013

VALE MAIS POUCO DO QUE NADA

ADMINISTRADORES DE HOSPITAIS COM IRREGULARIDADES SAEM

[O Ministério da Saúde anunciou hoje que já foram substituídos os Conselhos de Administração dos Hospitais visados numa auditoria do Tribunal de Contas (TdC), que identificou médicos a auferir rendimentos indevidos].

A auditoria do TdC "identificar as cinco remunerações mais elevadas em cada entidade das unidades hospitalares do SNS, analisar as componentes que integram a remuneração total desses profissionais face à eficiência de gestão, conformidade legal e regulamentar".

Visou ainda avaliar "os procedimentos de controlo interno das unidades hodspitalares e a sua compatibilidade com as práticas de boa gestão dos dinheiros públicos".

As unidades hospitalares do Alentejo e do Algarve foram aquelas em que se detectaram os médicos que auferiam as remunerações mais elevadas, "ficando por esclarecer se a causa radicará na falta de atratividade de novos médicos devido à escassez de informação sobre as remunerações potencialmente auferíveis por cada profissional".

É uma pena que o TdC não vá ao fundo da questão e só se preocupe com o lado positivo do problema e não se preocupe com o lado negativo da questão e só veja o lado positivo, isto é;
tão má gestão é pagar a mais a uns, como é pagar a menos, a outros.
 
{ "avaliar os procedimentos de controlo interno das unidades hodspitalares e a sua compatibilidade com as práticas de boa gestão dos dinheiros públicos"}.
 
Os auditores não podem ver as coisas só para um lado. Os enfermeiros são vítimas das más gestões porque são roubados descaradamente por Administradores que não compatibilizam as práticas de boa gestão dos dinheiros públicos. Roubam aos Enfermeiros para darem aos Médicos; o que dão a menos a uns, dão a mais a outros.
 E o Tribunal de Contas devia ver as coisas nos dois sentidos; quem recebe mais do que devia e quem recebe menos do que merece, mesmo que este último caso não impressione o senso comum e a comunicação social.
As anomalias começam exactamente no Ministério da Saúde onde se gastam os mil e uma vezes referidos 85% da massa salarial que são para pagar remunerações directas e indirectas a médicos.
Para todo o restante pessoal, incluindo os Enfermeiros sobram uns míseros 15%.
É por aqui que o TdC devia começar a auditoria e saber por que razão física ou metafísica há estas disparidades na distribuição dos salários, sendo certo que nem sequer é o grupo médico o que tem a maior parcela do trabalho realizado.
 
Ora o cerne da questão é despedir administrações que não compatibilizam as práticas de boa gestão dos dinheiros públicos.
E o Ministério da Saúde com o seu Ministro e os dois Secretários de Estado, mantendo como têm mantido 85% da massa salarial, num único grupo, estarão a compatibilizar as boas práticas de gestão dos dinheiros públicos?
Não é por aí que o TdC deve começar as suas auditorias?
Já agora, se até para escolher o lado do campo de futebol para o jogo começar, é usada uma moeda com caras e coroas, porque não usa o TdC uma dessas moedas com verso e reverso ou caras e coroas, para auditar as boas e as más práticas de compatibilização com a gestão correcta.
É que as vítimas de roubos disfarçados nos seus salários são muitas mais que a meia dúzia de Médicos embolsam milhões...
 
 


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