quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CURANDEIRISMO NA ENFERMAGEM VEM DE LONGE

Exmo. Sr. Presidente do Sindicato dos Enfermeiros
Enfermeiro José Azevedo,

No seguimento de email recepcionado nos nossos serviços, à data de 17 de outubro, sobre o assunto em epígrafe, cumpre-me em nome do Sr. Presidente do Conselho Diretivo Regional do Norte – Enfermeiro Jorge Cadete – dar conhecimento da resposta (anexo) emitida pela Escola Superior de Saúde Jean Piaget, após as devidas diligências do Conselho Diretivo do Norte da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.

Com os melhores cumprimentos, sempre ao dispor.
Ivone Ribeiro Machado|(Chefe de Secção e Secretariado do CDRN)
Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros
Rua Latino Coelho, n.º 352|4000-314 PORTO
225072710225072719
De uma Delegada Sindical do SE
Uma formação promovida, por uma escola de Enfermagem com formação realizada por enfermeiros sobre tratamento de feridas, destinadas a fisioterapeutas, farmacêuticos e nutricionistas??!? Ainda falam de assalto ás nossa área de competências.....
creio que esta deve ser dada conhecimento ao Enfermeiro Azevedo....

 

CURANDEIRISMO
É uma palavra que os Enfermeiros mais jovens não consigam traduzir com o seu real significado, porque:
1 - Têm dificuldades de emprego;
2 - Pagam-lhes mal, quando pagam, pois aquela misericórdia devidamente identificada nem sequer lhes paga os recibos verdes para desconto à colecta;
3 - São e continuarão a ser formados à volta da Enfermagem Hospitalar ou de ou de Centro de Saúde;

Tudo isto é verdadeiro e alimenta a maneira de estar dos nossos jovens Colegas.
Todavia,
A tendência desenfreada para a destruição do Estado Social que se está a processar, em nome do dito estado social, obriga, necessariamente os Enfermeiros de todas as idades a experimentarem o trabalho individual e por conta própria: porta a porta, ou no seu gabinetezinho, montado na residência, mesmo sem os requintes do Centro de Enfermagem, pois os Doentes, nas suas residências, também não são tratados em Centros sejam de Saúde, sejam de Enfermagem. Isto para evitar que os marcianos, com antenas e tudo, comecem já a pensar que, para atender, no plano profissional, um Cliente, são necessários os requintes dos mosteiros dos Jerónimos ou da Batalha.
Pois é;
Esses Colegas de antanho, na época pré-SNS, sabiam soletrar, letra a letra a palavra CURANDEIRISMO que era a prática de actos enfermeiros, por serventes de hospitais, sobretudo, que eram, no interior dos hospitais os que ajudavam os Enfermeiros e, seguidamente, vinham fazer-lhes concorrência desleal e inabilitada, cá para fora, sobretudo no plano dos injectáveis.
É óbvio que, quando as coisas correm bem, tudo vai bem; quando correm mal as circunstâncias apelam para o saber e experiência do Enfermeiro Diplomado (assim se chamavam para se distinguirem dos curandeiros).

Também,nestes sintomas actuais de curandeirismo, em potência, mesmo que, ainda, não sejam em acto se podem divisar sinais de retrocesso, na assistência.
A Escola diz que só administra saberes (curiosamente a uma clientela selecionada e não avulsa);
Atira com a batata que produz, para a Ordem dos Enfermeiros a quem compete, reconhecem, apesar de tudo; competências para atacar o curandeirismo que fabricam e, agora, mais difícil de identificar, porque com o material da especialidade do potencial curandeiro, vai o material de tratamento de feridas.
Ora, se antigamente era fácil apreender as seringas, hoje não é, como se pode imaginar, tão fácil.
A desculpa dos Enfermeiros docentes não deixa de ser do grupo das esfarrapadas como diz o Zé e com total falta de respeito pela capacidade pensante dos Colegas Enfermeiros.
Ontem, os Colegas, escravos dos hospitais, serviam-se dos então "serventes", hoje AO, para os ajudarem no que não deviam e, depois, competiam na área extra-hospitalar.
Hoje a Escola, também de Enfermagem, forma curandeiros para outros abaterem.
Onde está a moral disto!

Sem comentários:

Enviar um comentário