sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

OS REMÉDIOS



É DO QUE CHEGA PRIMEIRO

As vagas nas UCI são do que lá está, que chegou primeiro.
Nada permite desligar um para ligar o outro.  Se esse é o problema; esta é a solução.
O resto é sorte e ou azar!



SÃO RARAS MAS SÃO DOENÇAS





OS ABUSOS DE PODER DA ARS NORTE

Exmo. Sr.
Presidente do Conselho Directivo da ARS Norte.I.P.

Assunto: a) avaliação de período experimental experimentado largamente, pós concurso de provas públicas;
b) Minuta de contrato para entrada na carreira de Enfermagem, DL 248/2009 de 22 Setembro

Têm sido infrutíferos os nossos esforços para chegar à fala com o Conselho Directivo que V.E. dirige, apesar de a matéria em epígrafe estar a causar confusão e perplexidade pelas violações legais que os textos em anexo contêm.
Gostávamos de poder obter uma explicação lógica, porque legal não será, que nos permitisse entender o tamanho do desrespeito pelos Enfermeiros atingidos, não de agora, mas de há largos anos, pois alguns já completaram e ultrapassaram uma década.
Como a Lei determina, V.E. não desconhece que temos direito a obter essa resposta seja qual for o meio escolhido para comunicá-la.
Não gostaríamos de solicitar a intervenção do tribunal, para obtê-la.
Tudo indica que vamos ter de a obter por essa via, pois o tempo e os prazos esgotam e a paciência também.
Não nos culpem da desmotivação má conselheira que está a vitimar os Enfermeiros; São os maus governantes e maus administradores da “Res-Publica” os maiores, se não os únicos culpados.
Lá diz o Povo: «Uma desgraça nunca vem só»!

Com os mais respeitosos cumprimentos

NB: Este é o ofício que tivemos de escrever com amargo na boca, pois os trabalhadores que representamos merecem mais respeito destes gestores, que ninguém obrigou a ocupar os lugares de tamanha responsabilidade.
Mas neste SE não se brinca, nem se bebe, em serviço.
Lamentamos ter de recorrer ao Tribunal para intimar a ARS a dar-nos uma resposta que os nossos Associados precisam de ter com as devidas correcções.
Errar é humano, mas não corrigir os erros, já não é!
Colegas atingidos, estejam atentos ao folhetim a que somos alheios, mas onde vamos ser forçados a entrar, como a lei permite.

Com amizade e atenção
José Azevedo

A QUOTA SINDICAL É REVERSÍVEL

Há falsas desculpas quanto à quotização do Sindicato, pois que por cada euro de quota desconta-se no IRS 1,5€.


A Magnólia < clique

O QUE ELES DIZEM DELE [E É BEM FEITO]

SEGUNDA-FEIRA, FEVEREIRO 24


O Ideiafix dos Cortes

Já não há pachorra para este Ministro.
Paulo Macedo não faz nenhuma reforma, mas esta não lhe sai da boca em entrevistas e muitas vistas na TV e nos jornais. É o que bem diz o Pulo K Moreira (hoje no JP), onde aponta três áreas que teriam que ter sido mexidas para se falar em reforma da saúde: reorganização da oferta; sistema de financiamento; mudança de fluxos de procura e prevenção.
Na verdade a fintar e a manipular ninguém o bate no governo. Se não vejamos:
• Não fez nada na reorganização da oferta, em especial na rede hospitalar, apesar de ter aberto novas unidades entregues à privada (Loures, VFX, Braga, CRN). Veja-se o que disse na entrevista o J. Negócios de 19 fevereiro:
Jornalista: «Uma das maiores reformas da saúde tem que ver com a reorganização da rede hospitalar. Havia o compromisso de apresentar à Troika um plano detalhado até final de 2012. O que é que se está a fazer e o que é que vai resultar daqui? E quando?»
PM: «Só quando se mexe no organigrama é que se percebe que há ali uma reforma, quando todo o trabalho que foi feito para trás é bastante mais importante».
Como disse?? Reorganização da rede só se for no organograma que tem no Ministério!
Quanto à rede de CSP e CCI parou a dinâmica anterior e pouco ou nada fez.
• Tem, tido sucesso no financiamento e nas finanças? Mas então porque é que a gestão das dívidas dos hospitais vai passar para o Ministério das Finanças?
Vejam-se as notícias recentes:
Jornal i - «segundo peritos do FMI há 12 hospitais onde as dívidas acumuladas refletem despesas 10% superiores ao orçamento…». «…não é conhecido nenhum plano estratégico dos hospitais embora a ACSS refira que já alguns foram concluídos.»
Diário Económico: «A Comissão europeia vai mesmo obrigar os hospitais a pagar aos fornecedores no prazo máximo de 60 dias. E se Portugal não cumprir promete sanções». «…os hospitais públicos, por exemplo, demoram em média 483 dias a pagar às empresas da indústria farmacêutica…».
• Diz PM que os cuidados não diminuíram. E foi pouco, foi…
Segundo a informação da ACSS, publicada aqui no blogue, de 2011 para 2013, houve menos 985 mil consultas e 463 mil urgências. Total=1,458 milhões consultas e urgências.
Encanar aperna à rã e tapar o sol com a peneira, mas não tanto!
SNS sempre

Governo Paulo Macedo diz que setor da Saúde vive situação "contranatura"

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, congratulou-se esta manhã pelo resultado positivo que a reorganização das horas de trabalho teve nos cuidados de saúde. Durante uma conferência da TSF, o governante admitiu ainda que o setor vive uma situação ‘contranatura’.
PAÍS
Paulo Macedo diz que setor da Saúde vive situação contranatura
DR
Paulo Macedo defendeu, esta manhã, que o aumento para as 40 horas semanais teve benefícios nos cuidados de saúde. Durante a conferência da TSF, o ministro desta tutela salientou que a reorganização das horas de trabalho teve um impacto positivo nos cuidados de saúde.
“Há hospitais que tinham uma falta significativa no caso da enfermagem e que com esta reorganização, por exemplo, no caso do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra tem os seus quadros de enfermagem suficientes”, destacou o governante que não deixou de salientar que, “por outro lado, também permitiu que tivéssemos muito mais horas assistenciais, como também temos mais horas de urgência a serem desenvolvidas”.
Paulo Macedo rejeitou que os cortes efetuados no setor tenham sido cegos, mas admitiu que a Saúde vive, de momento, uma situação “contranatura”.
Na conferência da TSF, o governante abordou ainda a questão das taxas moderadoras frisando que as taxas se encontram abaixo do acordado previamente com a troika. Quanto ao orçamento de 11 milhões de euros destinados a esta área, Macedo disse que as prioridades são os tratamentos de “VIH, tuberculose e saúde mental”.
Além disso, afirmou que o Governo vai manter “os desafios” no tratamento das “doenças crónicas, designadamente da diabetes, desafios relativos aos idosos, quer nos cuidados continuados quer na área da reabilitação, e o investimento que temos de manter em termos de inovação”.

Sobrecarregar os enfermeiros aumenta o risco de morte do doente

Portugal tem três enfermeiros a menos por cada mil habitantes e médicos a mais, diz OCDE

26 de fevereiro de 2014 - 12h01

No contexto da crise económica e dos cortes financeiros que afetam todas as áreas geridas pelo Estado, inclusivamente a Saúde, um estudo internacional publicado na revista científica norte-americana Lancet mostra as consequências de tentar fazer mais, com menos recursos, na área da Saúde.

Por cada doente cirúrgico extraordinário pela qual uma enfermaria fica responsabilizada, o seu risco de morte acresce em até 7% nos 30 dias seguintes à sua entrada na unidade hospitalar, conclui o estudo.

María Teresa Moreno, do Instituto de Saúde Carlos III e uma das co-autoras do trabalho, acrescenta que “a percentagem de mortes durante o mês seguinte acresce até 1,5%”, cita o jornal El Mundo.

Em Espanha, dos 21 520 doentes operados no âmbito de intervenções “comuns”, de baixa gravidade, como apendicectomia ou substituição da anca ou rótula, 283 morreram, por causas variadas, ou seja, 1,3%, precisamente a média europeia.

Já em 2004, Linda H. Aiken, principal autora da investigação, desenvolveu o mesmo tipo de estudo na Pensilvância, Estados Unidos, e provou a mesma teoria, acrescentando a análise com base no nível de formação dos enfermeiros e o tipo de pacientes a cargo.

María Teresa Moreno estudou a realidade na Europa com base em dados de 422.730 pacientes, 26.500 enfermeiros e 300 hospitais de 16 países, entre os quais Espanha, Bélgica, Reino Unido, Noruega, Suíça e Suécia. Portugal não foi contemplado no estudo.

A percentagem de doentes cirúrgicos que morreram no hospital nos 30 dias seguintes à sua entrada oscilava, em termos médios, entre os 1% e 1,5%, variando de país para país. As variações notavam-se, sublinha a investigadora, mais por Estado, do que por unidades hospitalares. Em alguns países não chegava a 1%, enquanto que em outros atingia os 7%.

Portugal com enfermeiros a menos e médicos a mais

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 2010, os últimos disponíveis, Portugal tem enfermeiros a menos: em 2010 existiam 3,8 médicos por 1000 habitantes, enquanto o rácio de enfermeiros era de 5,7/1000 habitantes. Considerando a média da OCDE de 3,1/1000 habitantes para médicos e de 8,7/1000 habitantes para enfermeiros, Portugal tem três enfermeiros a menos por cada mil habitantes.







Arguido no processo Remédio Santo diz que burla servia para atingir objectivos do laboratório


Ex-delegado de informação médica Rui Peixoto, o primeiro arguido a ser ouvido nesta quarta-feira no julgamento do processo Remédio Santo, que envolve burlas ao Serviço Nacional de Saúde no valor de quatro milhões de euros, confessou os crimes de falsificação de documentos e de burla qualificada, mas recusou a acusação de associação criminosa.
Caso envolve 18 arguidos acusados de ter lesado o SNS em 4 milhões de euros Público (arquivo)



O esquema relacionado com o uso fraudulento de receitas, que terá lesado o Estado em quase quatro milhões de euros e que foi desvendado no âmbito do processo Remédio Santo, surgiu para que os delegados de informação médica conseguissem atingir os objectivos de vendas impostos pelos laboratórios. A explicação foi dada pelo ex-delegado de informação médica Rui Peixoto, o primeiro dos 18 arguidos no caso a ser ouvido nesta quarta-feira no julgamento no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, e que foi interceptado nas escutas a combinar a troca de “papo-secos” e “pães” (nome de código utilizado para os medicamentos) com João Carlos Alexandre, também arguido e ex-delegado.
Rui Peixoto, que foi ouvido durante todo o dia, confessou dois dos três crimes de que é acusado: burla qualificada e falsificação de documentos. Mas recusou a acusação de associação criminosa, sendo que o arguido de 56 anos, segundo a investigação, é apontado como o líder do chamado grupo norte, sendo à data dos factos tornados públicos em 2012 chefe de vendas num laboratório do grupo Bial. João Carlos Alexandre seria o líder do grupo centro/sul.
Entre os 18 envolvidos estão seis médicos, dois farmacêuticos, sete delegados de informação médica, uma esteticista (ex-delegada de acção médica), um empresário brasileiro e um comerciante de pão. O médico Luiz Basile é o único arguido em prisão preventiva, nove outros elementos estão com pulseira electrónica e os restantes encontram-se em liberdade. Só a Luiz Basile são imputadas receitas no valor de 1,7 milhões de euros.
O ex-delegado admitiu que angariava receitas directamente junto de médicos ou através de outros delegados com o objectivo de aumentar as vendas e cumprir as metas impostas pelo laboratório onde trabalhava, mas negou sempre que quantificasse os pedidos ou que tivesse um grupo organizado, dizendo que havia apenas uma lista com os nomes dos fármacos que interessavam e que actuava de acordo com as "oportunidades". “Para se atingir os objectivos era necessário especular as vendas. Era uma prática comum e corrente nos laboratórios. Os que não compactuavam dificilmente conseguiam atingir os objectivos e deparavam-se com a realidade da perda de emprego”, justificou, falando numa “prática transversal a toda a indústria farmacêutica” e que “não é nenhum tabu”.
Apesar de referir que existiam orientações por email, disse que as chefias máximas desconheceriam o esquema que se espalhou em 2009 por os medicamentos genéricos estarem a ganhar terreno aos de marca. Rui Peixoto também admitiu que entregava receitas a outros arguidos para que eles as aviassem, mas assegurou que não houve um esquema pensado e que “este caso não tem a dimensão que lhe estamos a dar”, até porque foi “iludido” pela “forma tão light e tão simples de fazer” as coisas.
No esquema entravam apenas medicamentos com altas comparticipações por parte do Serviço Nacional de Saúde, sempre superiores a 69%. Assim, quem fosse à farmácia levantar as receitas pagava apenas o remanescente. Os medicamentos ficavam, na maior parte das situações, em casa dos arguidos que, mais tarde, deram seguimento ao esquema escoando os fármacos através de contactos com dois farmacêuticos que ou os reintroduziam no mercado nacional ou enviavam para outros países, obtendo aqui outro rendimento além dos prémios de vendas. O alerta para o esquema foi dado à Associação Nacional de Farmácias por um estabelecimento que estranhou o elevado número de receitas aviado pelo arguido e comerciante de pão Carlos Anjos.
No caso de Rui Peixoto a maior parte dos medicamentos eram encaminhados para o farmacêutico Daniel Ramos. Eram ainda feitas entregas a João Carlos Alexandre. Foi nas conversas interceptadas entre Peixoto e Alexandre que surgem as expressões “papo-secos” e “pães” para combinar entregas de caixas de medicamentos. A juíza que preside ao colectivo, Maria Joana Grácio, insistiu que as chamadas mostram que as necessidades de medicamentos eram transmitidas e quantificadas, mas o ex-delegado recusou a ideia.
Questionado pelo colectivo no sentido de saber quanto ganhou com o esquema, Rui Peixoto falou em 100 a 120 mil euros, sendo que na altura do facto anualmente recebia entre de 80 a 90 mil euros por ano. O colectivo instigou-o a explicar os motivos pelos quais entrou neste esquema quando ganhava acima da média, ao que o arguido respondeu que “foi por pura estupidez” e “para ganhar uns dinheirinhos a mais” mas que está “arrependido”.
Acordo sobre pena falhou
O processo Remédio Santo começou a ser julgado na semana passada no Tribunal de Monsanto, mas foi suspenso na sequência de uma proposta da defesa que quis chegar a um acordo de sentença de pena com o Ministério Público. O colectivo deu uma semana para que o procurador e os advogados dos arguidos chegassem a um acordo que, a ser viabilizado, seria apenas a terceira vez que era utilizado no ordenamento jurídico português. Em troca da confissão dos crimes, o Ministério Público e a defesa fariam um acordo em relação às indemnizações e às penas para cada um dos 18 arguidos. Porém, a solução não recebeu luz verde da Procuradoria-Geral da República e o julgamento retomou os trâmites normais.
A procuradora Joana Marques Vidal emitiu na sexta-feira uma directiva onde proibiu os procuradores de realizarem estes acordos, um dia depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter já divulgado uma nota onde dizia que “o simbolismo do caso, as finalidades de política criminal envolvidas na sujeição dos arguidos a julgamento, bem assim como a circunstância de haver posições divergentes no seio desta magistratura quanto à questão dos acordos sobre a sentença” determinam que esse não deve ser o caminho”.
Em declarações aos jornalistas, o advogado Artur Marques, que representa o farmacêutico Daniel Ramos, considerou a recusa do acordo um "erro" e uma "decisão muito precipitada", lamentando que se esteja a querer "fazer deste caso um caso exemplar", fazendo, com isso, que se perca a "celeridade que o acordo permitia". Já o advogado João Nabais, que representa o médico Emanuel Manuel, disse que a decisão é “compreensível” e que revela que “no seu [da PGR] interior também há divergências”, mas salientou que “o ideal é que a justiça não seja exemplar”.
Além deste processo, há outros casos que estão a ser investigados por burlas ao SNS que rondarão os 230 milhões de euros.


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pedro da costa

26/02 (há 2 dias)
para mim


Inspecção da Saúde investiga caso de doente que morreu depois de não ter vaga em quatro hospitais


Doente ficou com infecção após operação no Hospital das Caldas e transferência foi recusada em quatro unidades. Acabou por ser recebido em Abrantes, onde morreu uma semana e meia depois.

O doente ainda foi operado mais duas vezes mas não resistiu à infecção Fernando Veludo/Nfactos



A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de investigação ao caso do doente operado no Hospital das Caldas da Rainha e que foi depois recusado por quatro unidades hospitalares por falta de camas nos cuidados intensivos.
O doente foi admitido no Hospital das Caldas da Rainha, com suspeita de um cancro raro. Após uma operação ao intestino terá contraído uma infecção, segundo avançou o Diário de Notícias desta quinta-feira. Na sequência da infecção o doente precisou de ser transferido com urgência para um hospital com unidade de cuidados intensivos. Os hospitais de Santa Maria, em Lisboa, Loures, Santarém e Leiria disseram não poder receber o doente por falta de camas.
O doente chegou quatro horas mais tarde ao Hospital de Abrantes, onde esteve semana e meia internado e foi operado mais duas vezes, tendo morrido na segunda-feira. Segundo o mesmo jornal, a família pondera apresentar queixa e questiona a prática do cirurgião que assistiu o doente na primeira operação. Além disso, o Hospital das Caldas, pelas suas características, deveria ter uma unidade de cuidados intensivos – uma reclamação que é, aliás, antiga.
Ministério nega que tenha existido recusa
O Ministério da Saúde, através de um comunicado, lamentou a morte do paciente e adiantou que já pediu “um cabal esclarecimento do caso” à IGAS. “Neste momento, a IGAS já deu início ao processo de investigação com vista a obter a correcta e total averiguação dos factos que antecederam ao falecimento em causa”, lê-se na nota onde a tutela refere que “a administração do Centro Hospitalar do Oeste [a que pertence o Hospital das Caldas da Rainha] assegurou que o processo de referenciação do doente para outro hospital do Serviço Nacional de Saúde decorreu com normalidade”.
O ministério nega também que tenha existido uma recusa, referindo que “a unidade de cuidados intensivos escolhida, pertencente ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, resultou do facto de ser aquela que tinha vaga e meios técnicos adequados – incluindo cirurgia – para responder às necessidades clínicas da situação. Não se tratou de uma ‘recusa’, mas sim de uma transferência de acordo com os princípios e necessidades que a situação exigia”. O Centro Hospitalar do Oeste está também a averiguar o caso e o Hospital de Abrantes ainda pondera uma forma de acção, diz a Lusa.
O caso acontece um mês depois de um outro que a IGAS está a acompanhar e que diz respeito a um jovem que teve um acidente de viação e que após ser admitido no Hospital Distrital de Chaves precisou de ser transferido para outra unidade com cuidados intensivos de neurocirurgia. O doente acabou por só encontrar vaga no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter sido recusado em vários hospitais do norte e centro do país.
Na altura, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, de que o Hospital Distrital de Chaves faz parte, garantiu que contactou os cinco hospitais da região Norte e Centro que poderiam ter recebido o doente: São João, Santo António, Vila Nova de Gaia, Braga e Coimbra. Perante a recusa, o doente fez 400 quilómetros de ambulância até Torres Novas. Nesse local as condições meteorológicas já permitiam o uso de um helicóptero e o resto do percurso foi feito dessa forma.
A questão do número de camas nos hospitais e a sua redução nos últimos anos tem gerado polémica, até porque segundo os dados invocados pela Ordem dos Médicos aquando do debate sobre o tema, Portugal tinha em 2012 uma média de 3,3 camas por cada mil habitantes quando na OCDE esse número sobe para 4,9; na Alemanha ultrapassa os oito; e o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é 4,5. No espaço de quatro anos, o país perdeu mais de 1600 camas, e não se sabe quantas destas são de cuidados intensivos.

Falta de profissionais aumenta número de cesarianas no SNS

25/02/2014 - 15:11

Um estudo divulgado esta terça-feira pela Universidade de Aveiro conclui que o elevado número de cesarianas efectuado no serviço público de saúde deve-se ao facto de os hospitais não terem profissionais suficientes "para que haja tranquilidade" na hora de decidir, avança a agência Lusa, citada pelo Diário Digital.

O estudo sobre a realização de partos, elaborado pelo Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial (DEGEI) da Universidade de Aveiro, conclui que a preferência pela cesariana é tomada muitas vezes num contexto de cansaço por turnos prolongados e partos morosos.
"No sector público, os médicos ganham uma remuneração fixa, independentemente das consultas ou das cirurgias efectuadas. Assim, a preferência pela cesariana em detrimento do parto natural não se deve a questões económicas mas organizacionais. A opção pela cirurgia deve-se ao facto de os hospitais não terem profissionais suficientes para que haja tranquilidade na tomada da decisão mais apropriada", refere o estudo.




Carne frita ou assada aumenta risco de demência { O que eles descobrem... e os vegetarianos, como é?}

25/02/2014 - 15:08

A preparação de carne no forno, na grelha ou na frigideira liberta substâncias químicas que podem aumentar o risco de desenvolver demência, sugerem investigadores norte-americanos, avança o Diário Digital.

Os chamados Produtos de Glicação Avançada (os AGE, da sigla inglesa Advanced Glycation Endproducts) têm sido associados a doenças como a diabetes tipo 2.
Ratos alimentados com uma dieta rica em AGEs apresentaram uma acumulação de proteínas perigosas no cérebro e tiveram a função cognitiva prejudicada.
Especialistas afirmaram que os resultados são “convincentes”, embora não forneçam “respostas definitivas”.
Os AGEs são formados quando proteínas ou gorduras reagem com açúcar. Isso pode acontecer naturalmente ou durante o processo de cozedura.
Cientistas da Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque, testaram o efeito dos AGEs em ratos de laboratório e pessoas.
A experiência com animais, divulgada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostrou que uma dieta rica em AGEs afecta a química do cérebro.
Isso leva a uma acumulação de proteínas defeituosas beta-amiloide - uma característica da doença de Alzheimer. Os ratos que comeram uma dieta baixa em AGEs foram capazes de impedir a produção da proteína.
Por outro lado, os ratos realizaram bem menos tarefas físicas e mentais depois de dietas ricas em AGEs.
Uma análise de curto prazo de pessoas com mais de 60 anos sugere uma ligação entre altos níveis de AGEs no sangue e o declínio cognitivo.
O estudo concluiu: “Relatamos que a demência relacionada com a idade pode ser causalmente associada a altos níveis de alimentos com Produtos de Glicação Avançada.”
“O mais importante, a redução da AGEs derivados de alimentos, é viável e pode ser uma estratégia de tratamento eficaz”.
Derek Hill, professor da University College London, comentou: “Os resultados são convincentes”.
“Como a cura para a doença de Alzheimer continua a ser uma esperança distante, os esforços para evitá-la são extremamente importantes, mas este estudo deve ser visto como incentivador para a continuidade dos trabalhos de pesquisa, mesmo sem fornecer respostas definitivas”.
“Mas isso é motivo para optimismo - o estudo acrescenta evidências e sugere que o uso de estratégias de prevenção pode reduzir a incidência da doença de Alzheimer e outros tipos de demência na sociedade, o que poderia ter um impacto muito positivo em todos nós”.
Simon Ridley, da organização Alzheimer's Research UK, disse: “A diabetes tinha sido previamente associada a um risco maior de demência, e este pequeno estudo fornece uma nova visão sobre alguns dos possíveis processos moleculares que podem ligar as duas condições”.
“É importante notar que as pessoas envolvidas neste estudo não sofrem de demência. Como o tema ainda não foi suficientemente estudado, ainda não sabemos como a quantidade de AGEs na nossa dieta pode afectar o nosso risco de demência”.




PJ Militar investiga hospitais militares, médicos e empresas por suspeita de corrupção

25/02/2014 - 15:03

A Polícia Judiciária Militar (PJM) realizou esta terça-feira buscas e apreensões de documentos em instalações hospitalares, residências de médicos e empresas por suspeitas de crimes contra o Estado, corrupção passiva e activa, informou esta força policial, avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.

Os suspeitos destas “condutas ilícitas criminais” terão desenvolvido “um esquema, do qual lograram conseguir vantagens patrimoniais, causando avultados prejuízos aos subsistemas de assistência na doença” aos militares e aos funcionários públicos, segundo uma nota das PJM.
Nestas diligências, que envolvem “buscas e apreensões de documentos em instalações hospitalares, em residências de médicos, em escritórios de empresas e gabinetes de contabilidade”, está envolvida “parte substancial” dos investigadores da PJM.
Estão igualmente envolvidos nas diligências peritos forenses, adianta o comunicado.




Secretário-geral do PS diz que ninguém pode ficar à porta de hospitais

25/02/2014 - 13:09

À margem das Jornadas Parlamentares do PS, que decorrem na Nazaré, o secretário nacional socialista Álvaro Beleza afirmou que "ninguém pode ficar à porta de um hospital público", na sequência da notícia avançada esta terça-feira pelo Diário de Notícias de que três dos maiores hospitais do País - Centro Hospitalar Lisboa Central, Santa Maria e São João - deixaram de aceitar doentes fora da sua área de residência, por restrições orçamentais e para responderem às listas de espera, avança o DN.

"Os hospitais centrais universitários são hospitais de fim de linha" (que recebem doentes cujas patologias não podem ser tratadas noutros), notou Álvaro Beleza, que defendeu que estes hospitais pelas suas características não podem fechar as "portas" aos hospitais distritais e não recebam doentes "por motivos orçamentais".
"O Serviço Nacional de Saúde é um só", completou o dirigente socialista, sublinhando que os portugueses pagam impostos para terem "um acesso universal" a esse serviço.




Ministro nega que grandes hospitais recusem tratar doentes fora da sua área de influência

25/02/2014 - 13:07

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, recusou esta terça-feira, em Braga, que os principais hospitais do país estejam a recusar tratar doentes que não estejam na sua área de influência. De acordo com o governante, o que foi feito foi rever os critérios de admissão a consulta dos doentes que não estavam referenciados para aquelas unidades hospitalares, de modo a evitar um esvaziamento dos hospitais de proximidade, avança o jornal Público.

Esta terça-feira, o Diário de Notícias titulava que os grandes hospitais “recusam tratar doentes de província”. Depois do hospital de S. João, no Porto, e do de Santa Maria, em Lisboa, também o São José, na capital, teria deixado de receber doentes fora da sua área de influência. Paulo Macedo responde que “não há recusa de um hospital a receber doentes fora da área de residência”.
O ministro falava à margem da conferência sobre os desafios do futuro na área da Saúde, que decorre na Reitoria da Universidade do Minho, em Braga. Macedo sublinha que não se pode dizer aos doentes “que podem ir todos os hospital central para tudo”, uma vez que há unidades de proximidade que podem oferecer tratamentos em várias áreas. Os doentes devem ser encaminhados para os grandes hospitais “para aquilo que é necessário”, defende.
Hospitais como o S. João, o S. José e o Santa Maria recebem doentes de uma grande área geográfica, que são referenciados pelas unidades de proximidade. Essa é uma das regras que existe no Serviço Nacional de Saúde “há anos”, sublinha Paulo Macedo. O que foi feito mais recentemente pelas administrações dos centros hospitalares em articulação com a tutela foi averiguar quais os motivos pelos quais os doentes recorriam às consultas dos hospitais centrais sem serem referenciados.
“Podiam ter uma patologia diferente ou qualquer outra coisa que o hospital da sua área de residência não pudesse fornecer”, explica o ministro da Saúde. Nos casos em que esse motivo não existe, os doentes eram recusados. Essa é uma medida para proteger os hospitais mais pequenos, afirma o governante: “Se todos acorrerem a um hospital central mais diferenciados, o financiamento vai cada vez mais para esse hospital e os hospitais de proximidade ficam sem financiamento”. Paulo Macedo continua a defender que a Saúde “deve caminhar para uma liberdade de escolha progressiva”, mas essa é uma realidade que “tem várias consequências que têm que ser bastante bem medidas”, entre as quais este esvaziamento dos hospitais mais pequenos.




Helped recruta enfermeiros para Abu Dhabi

25/02/2014 - 09:06

O grupo de saúde norte-americano Cleveland Clinic vai recrutar, através do parceiro português Helped International, cerca de 60 profissionais, nomeadamente enfermeiros e técnicos de diagnóstico, avança o Diário Económico.

A primeira fase do recrutamento para o Cleveland Clinic Abu Dhabi, onde se apresentará o projecto e se esclarecerão dúvidas aos profissionais interessados, já decorreu em Coimbra e estará esta terça-feira em Faro, quarta-feira em Lisboa e quinta no Porto.
Em Março estará em Elvas no dia 6 e no Porto no dia 15, para regressar a Lisboa a 16 de Março. A segunda fase do recrutamento consistirá em entrevista telefónica e depois, durante o mês de Abril, decorrerão em Lisboa as entrevistas presenciais. As informações estão todas em http://www.helpedinternational.com.


Novo hospital de Lisboa só deve começar a funcionar em 2020

28/02/2014 - 07:06

O novo hospital de Lisboa Oriental, que vai concentrar vários dos actuais hospitais que se localizam no centro da capital, só deverá abrir em 2020. A previsão é do vereador do urbanismo da câmara de Lisboa, Manuel Salgado, avança o Jornal de Negócios. A data de abertura da nova unidade de saúde é relevante porque, como os hospitais da Colina de Santana vão ser transferidos para o novo hospital de Todos os Santos, não se pode dar andamento à maioria dos projectos imobiliários para a zona enquanto essa transferência não ocorrer.

O vereador divulgou esta previsão durante um debate sobre a Colina de Santana, zona central na cidade de Lisboa onde se localizam três hospitais, ainda em funcionamento, que serão transferidos para o novo hospital. A Estamo, empresa pública que é dona dos imóveis, já tem diversos projectos imobiliários para converter os terrenos dos hospitais a desactivar. Mas só os pode pôr em prática quando eles fecharem, e o pessoal e material forem transferidos para o novo, explica o Negócios.

“É muito difícil que o hospital de Todos os Santos esteja em funcionamento antes de 2020”, afirmou Manuel Salgado. E só quando o novo hospital abrir “é que os actuais vão passar para lá”, detalhou. Em causa estão os hospitais de São José (na foto), Santa Marta e Capuchos, que estão em funcionamento na zona da Colina de Santana.

Esta previsão faz derrapar e muito as estimativas do Governo. Inicialmente, estava previsto que o novo hospital entrasse em funcionamento em 2016, dentro de cerca de dois anos. Porém, devido à anulação do primeiro concurso para a construção desta unidade de saúde, e à consequente abertura de um novo procedimento, os prazos derraparam e, segundo o “Público”, o Executivo estabelecera 2017 como o ano de abertura do hospital, que se irá localizar em Marvila, na zona oriental de Lisboa. Recentemente, em entrevista ao Negócios, o ministro Paulo Macedo recusou comprometer-se com uma data.

A câmara de Lisboa faz contas bem distintas, duplicando os prazos anteriormente previstos pelo Governo. Em vez de 2017, ou seja, dentro de três anos, a autarquia prevê que a abertura do Todos os Santos se faça apenas em 2020.

O único hospital em que pode haver uma intervenção urbanística sem estar dependente da transferência para o novo é o Miguel Bombarda, que já está desactivado. No projecto encomendado pela Estamo, prevê-se a construção de seis blocos residenciais nos terrenos deste antigo hospital psiquiátrico.

O Hospital de Todos os Santos vai concentrar os actuais hospitais dos Capuchos, São José, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia, Capuchos e ainda a Maternidade Alfredo da Costa.




PS quer Ministro no Parlamento a esclarecer portugueses sobre problemas na Saúde

28/02/2014 - 07:01

O dirigente socialista Álvaro Beleza disse, esta quinta-feira, que o partido vai chamar ao parlamento o ministro da Saúde, Paulo Macedo, para esclarecer os portugueses sobre os problemas no sector, avança a agência Lusa, citada pelo Jornal de Notícias.

"Achamos que há problemas a mais que têm de ser respondidos de forma clara e esclarecedora aos portugueses. O local próprio é o parlamento", anunciou Beleza, membro do secretariado nacional do PS, em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

O socialista disse que falou esta manhã com a direcção do grupo parlamentar do partido, e transmitiu aos jornalistas que "nos próximos dias" será efectuado o pedido de audição do ministro com a pasta da Saúde.

Álvaro Beleza falava no dia em que o Diário de Noticias reporta uma situação envolvendo um doente das Caldas da Rainha que viria a morrer em Abrantes depois de recusado em vários hospitais.

"Os doentes não podem ficar à porta dos hospitais e do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda hoje [esta quinta-feira] tivemos mais uma notícia má sobre a desorganização do SNS, que está a rebentar pelas costuras, depois de políticas de austeridade autenticamente abruptas", assinalou o dirigente do PS.

O secretário nacional do PS disse também que Portugal gasta 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde, "abaixo da média europeia e abaixo da OCDE".

"Não temos no SNS um problema de gastos exagerados, bem pelo contrário", ressalvou Álvaro Beleza.

A Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS) disse já esta quinta-feira que vai abrir um processo de investigação ao caso do doente operado no Hospital das Caldas e que foi depois recusado por quatro unidades hospitalares por falta de camas, segundo fonte oficial.

O PS frisa, contudo, que o IGAS "não pode estar a fazer tudo" e não é a entidade a responsável "pelas políticas de saúde e pelos problemas que acontecem na saúde".




Ministério falhou metas da troika para impedir mais corte na Saúde

28/02/2014 - 06:57

O ministro da Saúde revelou esta quinta-feira que optou por não atingir todas as metas da 'troika' para o sector para impedir uma ainda maior redução da despesa, nomeadamente dos hospitais com dívidas, avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.

Paulo Macedo falava na abertura da terceira Conferência TSF/Abbvie sobre a sustentabilidade na saúde, que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

Na sua intervenção, o ministro voltou a recusar a ideia de que o Governo português foi além da 'troika' e alegou que a maior prova disso são alguns hospitais não terem as dívidas vencidas a zero.

Para cumprir as metas da 'troika' nesta área, disse Paulo Macedo, o Governo teria de “ajustar o orçamento dos hospitais e – admitindo que não aumentaria os impostos nem obter maior endividamento - reduzir a despesa”.

Segundo o ministro, o executivo falhou igualmente a meta dos valores obtidos através do aumento do valor das taxas moderadoras, que ficou aquém dos objectivos.

Paulo Macedo garantiu que o seu ministério não fez “cortes cegos”, enaltecendo a virtuosidade de outros cortes: nas fraudes, no desperdício e nas rendas excessivas.

Na conferência foi apresentado um estudo pioneiro, realizado pelo ISEGI e que analisou a despesa e o investimento, o qual concluiu que, com a actual estrutura de financiamento, por cada euro investido em saúde, deverá existir um retorno imediato de 46 cêntimos no Produto Interno Bruto (PIB).

Outra conclusão do estudo indica que “a redução do absentismo é um dos efeitos do investimento em saúde, funcionando como um mecanismo de transmissão para a economia”.

Para os autores, “a despesa com saúde deve ser encarada como um investimento e não apenas como um custo”.






Portugal apresenta restrições no acesso dos doentes ao tratamento da artrite reumatóide

28/02/2014 - 07:08

De acordo com um estudo promovido pela MSD (Merck Sharp & Dohme) e publicado na revista internacional de reumatologia BMC Musculoskeletal Disorders, sobre o acesso dos doentes ao tratamento da artrite reumatóide, existem em Portugal diversas barreiras no que respeita ao acesso ao tratamento da artrite reumatóide, em particular aos medicamentos biológicos.

O estudo envolveu ainda autores afiliados da Eurotrials, da Administração Regional de Saúde do Norte e do Centro Académico de Medicina da Universidade de Lisboa.

As conclusões deste estudo permitem identificar as barreiras que estão na base deste problema de acesso identificado em Portugal:
  • A maioria das barreiras parece situar-se a montante da reumatologia, especialidade que deve tratar e seguir estes doentes. Ou seja, acções que almejem resolver este problema de saúde pública deverão focar-se essencialmente nos aspectos que melhorem a identificação e referenciação destes doentes para a especialidade de reumatologia.
  • No seguimento desta primeira conclusão, sai destacado o importante papel da ligação estreita entre as especialidades médicas de reumatologia e de medicina geral e familiar.
  • O elevado controlo administrativo e burocrático no processo de prescrição e administração de medicamentos biológicos nos hospitais públicos, é outra das barreiras identificadas no estudo.
  • Por outro lado, são identificadas como áreas de melhoria: um maior conhecimento e cumprimento das recomendações terapêuticas no tratamento da artrite reumatóide pelos reumatologistas; mais recolha de informação epidemiológica e clínica sobre a artrite reumatóide; e um maior conhecimento da doença e respectivos critérios de referenciação pelos médicos de família.

Os autores deste estudo sugerem que a promoção de iniciativas que visem estas áreas de melhoria poderão auxiliar no acesso dos doentes ao devido tratamento e mitigar o actual problema de saúde pública em que Portugal se destaca pela negativa face aos restantes países da Europa.

Este estudo que junta reumatologistas e especialistas em epidemiologia, e que foi recentemente publicado na revista internacional de reumatologia BMC Musculoskeletal Disorders, compreende a realização de entrevistas presenciais a diferentes stakeholders do sector da saúde, incluindo reumatologistas, médicos de família, Autoridades e administradores hospitalares, que enumeram as principais barreiras que na sua opinião limitam os doentes com artrite reumatóide ao devido tratamento.

Este estudo surge na sequência de um anteriormente publicado no ano passado pelos mesmos autores que compara o acesso ao tratamento dos doentes com artrite reumatóide em Portugal versus outros países Europeus. Na edição anterior, os autores concluíram que em Portugal a percentagem de doentes com artrite reumatóide tratada com fármacos biológicos (medicamentos inovadores no tratamento da artrite reumatóide) situava-se em bem menos de metade da média nos restantes países europeus analisados.
Fonte: comunicado de imprensa





NB: Finalmente surgem um pouco por todo o lado os sinais animadores de que a restruturação dos CSP se vai fazendo contra "contranatura".
Segundo os estratégicos da coisa o Médico de família seria a peça chave do problema.
Mas a falta destes e a resolução dos problemas sem qualquer incómodo para o cliente, está a provar, na prática o que muitos rejeitam, na teoria: os Enfermeiros são os profissionais indicados para os CSP.
Quanto mais tempo se alongar esta decisão mais milhões se gastam contranatura que podem ser usados noutra rubrica; na higiene e conforto das habitações, por exemplo...
JCA