domingo, 2 de fevereiro de 2014

CENTROS DE SAÚDE AMADORA


NB: É altura de se perceber que as UCC são a organização demonstradamente mais eficaz, ao contrário do que diz Bernardo Vilas Boas, para satisfazer a quase totalidade das necessidades de cuidados de saúde, ao nível primário. Só a subserviência do Ministério da Saúde, à Classe Médica, que este Ministro, ainda não teve força ou coragem para enfrentar, permite estes modelos USF errados e inadequados e não comprovadamente, mais eficazes que outras alternativas.
Se não há Médicos para os exageros, e essa é uma certeza, quanto ao modelo errado, que se tenta impor; também os há a serem mal utilizados, porque o modelo de USF é demasiado dispendioso para as nossas magras possibilidades, pois cada Médico custa ao SNS, cerca de 7 a 8 mil euros por mês, além de outras despesas de relativa eficácia, para a saúde dos cidadãos, que a sua presença, em excesso ocasiona, acarreta indevitavelmente.
Se há doentes, nas Urgências, que ou são mandados por Médicos ineficazes, ou sem estes intervirem, comparem-se as vantagens económicas e eficazes se se começasse a incentivar a acção dos Enfermeiros, que mesmo a mandarem doentes para as urgências, faziam ainda assim, um papel bem mais barato e eficaz.
No fundo as UCC (Unidades de Cuidados de Enfermagem à Comunidade), só mandam o cidadão ao Médico, quando depois de lhe fazerem a consulta descobrem que a solução está no Médico (avençado, por exemplo), ou num serviço de urgências.
Vilas Boas, Presidente das USF/B não é a pessoa mais indicada para falar nesta viragem, porque ele está comprometido e só conhece e confunde muito as reivindicações com a racionalização dos cuidados de saúde, ao nível primário ou mais próximos.
O Ministro da Saúde não consegue discernir, entre o que são os problemas de empregabilidade total da Classe Médica e a sua capacidade para resolver problemas da saúde, que podem e devem ser resolvidos por Enfermeiros e não só; sobretudo controlados por estes, desde que lhes criem condições para isso.
O controlo total da saúde por Médicos é erro crasso e dispendioso e, nem sequer, directamente proporcional, à qualidade da saúde, que se estima.
Nem sequer temos a prova de contraste; saber-se por outra via e perspectiva se este entupimento das urgências é fruto de demonstração de empregar mais Médicos, que entopem ainda mais, ou se é um fenómeno de carência, que nos suscita muitas dúvidas, quantoa às vias seguidas.
Quando um problema, aparentemente, não tem solução, a primeira coisa a analisar é se está bem ou mal equacionado. E se está mal equacionado nunca tem solução.
Quanto a nós, a equação deste caso está mal posta "ab intio".
O Ministro da Saúde demonstra ter tanto medo de chocar com as facilidades, que os Enfermeiros introduzem, na complexidade, que os Médicos inventam, (para fazerem render o peixe)que nem quer nada connosco.
O nosso Sr. Primeiro Ministro devia criar um grupo de detctives para saber por que tem o Ministro da Saúde tanto medo em resolver problemas, que têm pela frente, as invenções Médicas: fictícias umas, reais, outras.
A reorganização da saúde passa por aqui; todos os outros caminhos são desorganização por repetição  exaustiva do mesmo.

Com amizade e atenção,
José Azevedo

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