domingo, 25 de maio de 2014

ÉTICA CONSEQUECIALISTA

Saberá o Ministro da Saúde supesar as verdadeiras consequências das forças que está a enfrentar?
A maneira como está a desprezar os Enfermeiros e o seu desempenho no SNS dá a ideia de estar a tentar descobrir o caminho marítimo para a Índia, demandando as Américas.
Ética o tratado ou discurso dos actos que de tanto se repetirem se transformam em hábitos (bons e maus, segundo os valores que os enformam), e moldam, dessa forma o nosso carácter (bom ou mau, pelas mesmas razões), ou o das instituições, com os seus hábitos e carácter, têm consequências e constituem o capítulo da ÉTICA CONSEQUENCIALISTA.

REPETIMOS UNS TEXTOS INTERESSANTES (VALE A PENA REPETIR E REFLECTIR),
que reproduzem algumas consequências das boas intenções, que enchem os vários infernos, onde irão penar, eternamente, os seus autores.
Quando se é obrigado a dizer bem duma coisa má, e conhecemos várias, entre o má, muito má e péssima, tem consequências negativas e são exactamente contra a ética, que se funda em valores éticos: uns materiais e espirituiais e outros mais.
Neste caso, não é a ética que está a ser promovida, mas a falta dela.
Ora se não há o termo "inética", pois crie-se, já, para nos entendermos do que estamos a falar.
Umas aulinhas de AXIOLOGIA, ÉTICA E DEONTOLOGIA, integradas umas nas outras, isto é; em contexto, seria bom para quem vai abortdar tema tão interessante, para os bons costumes, como perigoso, se não se pegar de frente.
No dia 29 do corrente Maio 2014 vai haver uma arremetida da Classe Médica contra a lei da rolha, que traz agregada a recepção de "prendas", tipo taxas moderadoras, com valor superior a 25€, determinou em regulamentos internos a ARSN. Vai ser um problema para aqueles que têm a necessidade imperiosa de mandar prendas, terem de as fraccionar em 25€, até perfazerem a totalidade da dádiva.
Nós já andamos a pensar, há muito tempo, em os Enfermeiros cobrarem uma taxa tipo gorgeta a alguns Utentes, com sinais exteriores de riqueza, para os ajudar a pagar a quota sindical, pois os magros salários que lhes estão a pagar, dificultam o pagamento de duas quotas, a da Ordem e a do Sindicato.
Ao invocar Matthias Rath, para chamar a atenção da leitura que ele faz das "forças do mal", pois são várias e poderosas, estou a avisar que o êxito, nesta luta, assenta em vários pressupostos, como o de sermos o país da Europa, que mais dinheiro gasta com a saúde (5,8% do total das depesas de cada cidadadão, contra 1,6%, nos ingleses).
E porquê?
E para quê?
Quem beneficia desse exagero?
Quem beneficia são as ditas "forças do mal".

O outro pressuposto é confundir SNS, com empregabilidade médica...
Por deformação académica, o Médico auto-promove-se, naturalmente e sem dar por isso, a centro do SNS, ocupando o lugar que é do Doente, criando um método "Médicocentrico", quando deve ser "Doentecentrico".
Os inimigos das carreiras profissionais (vulgo administradores de carreira e outros), que classificam de carreirismo, para lhes colarem o selo depressiativo, não se lembraram de instituir para os CSP o método de convenção ou avança das consultas médicas, do que é designado Médico de Família, como já se faz com os outros especialistas: otorrinos, oftalmologistas, ortopedistas.
Desde logo, os incentivos de qualidade/quantidade estavam incluídos na maior competência profissional de cada um, dispensando as USF tipo B, que fazendo o mesmo e da mesma maneira que as outras, recebem em numerário desde o dobro, no caso dos Enfermeiros, até ao quadropulo, no caso dos Médicos, porque mantiveram, habilidosamente em vez de pagamento "per capita", como era o seu antecessor Regime Remuneratório Experimental (RRE), pagamento pelo vencimento normal, como é nas outras USF, ou seja: em vez de pagamento incentivador "per capita", ou vencimento normal, sem incentivos riaram pa as USF, e só, o vencimento e os incentivos.
Aliás, bastaria ler a fundamentação de cada USF, no que diz respeito aos incentivos, para se perceber, de imediato, o vício do raciocínio.
A inética ou imoralidade, que está a ser praticada para com os Enfermeiros discriminados e arrumados a um canto pelos que são "mobilizados", à pressa e sem condições, também eles vítimas da ganância de alguns Médicos, devia merecer um reparo atento, se não é propositada.

Por isso, o Ministério da Saúde, para o SE, não está, sequer, a impedir que o Bastonário da OM deixe de ser o locutor de referência dos "Meios de Comunicação Social", muito pelo contrário; pois quem alimenta esta permanência cansativa, sobretudo nas televisões, em horário nobre (ainda se fosse no das tardes da Júlia ou da Francisca...), são os mesmos que conseguem, que o português médio gaste 5,8%, do total das suas despesas normais, conseguindo o primeiro lugar da Europa, para alimentar, o cartel, como diz Matthias, e bem.

Alguns Enfermeiros, daquelas almas puras, interrogam-se por que não aparecemos nos meios da comunicação social, para irmos ao fundo das questões, como estamos a fazer, aqui.
A resposta é rápida, fácil e real: porque estragávamos o negócio.
Suplementarmente; A FORMAÇÃO dos jornalistas (ou a falta dela) também não permite olhar para a realidade da saúde, mas para a aparência.
É TUDO NEGÓCIO.

Com amizade,
José Azevedo

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