segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Falta de Enfermeiros na ULSAM


Sindicato dos Enfermeiros(?) denuncia: Faltam 400 profissionais no Alto Minho para responder às necessidades

guadalupe simoes 2 guadalupe simoes
[Esta quinta-feira, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) denunciou aos jornalistas a situação de “extrema carência” existente no Alto Minho no que toca ao número de profissionais. Guadalupe Simões, da direção nacional do SEP, disse no final de um plenário realizado em Viana do Castelo que o distrito precisava de pelo menos mais 400 profissionais, para fazer face às necessidades da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM).
Guadalupe Simões afirmou que “isto é uma Unidade Local que comporta dois hospitais, além de todos os agrupamentos de centros de saúde do distrito, e só tem 804 enfermeiros”. Depois, afirmou que “precisaria de cerca de 1.200″ para responder às necessidades. De acordo com a dirigente sindical, existem serviços muito sobrecarregados devido à falta de pessoal. “Há serviços onde os enfermeiros fazem cerca de 900 horas a mais por mês, os turnos extraordinários que não são pagos e feriados que não são pagos como tal”, lamentou.
Gerido pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), o Hospital de Viana do Castelo serve cerca de 244 mil pessoas dos dez concelhos do distrito, além das pessoas que vêm de Braga. “Nos centros de saúde há enfermeiros que têm a seu cargo 3.200 pessoas quando deveriam ter 1.200 utentes e no serviço de cirurgia do hospital há 30 doentes para dois enfermeiros. Neste quadro de manifesta carência a administração diz que em toda ULSAM só são necessários mais 19 enfermeiros”, afirmou ainda. Para a dirigente sindical, este é um número irreal e até “curioso”. Guadalupe Simões justificou dizendo que “só no serviço de psiquiatria” do Hospital de Viana do Castelo, e “num dos serviços” da unidade de Ponte de Lima “saíram 11 enfermeiros que não foram substituídos”.
Em 2011, segundo dados da administração da ULSAM, trabalhavam nos hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima, além de 13 centros de saúde, cerca de 2.600 profissionais.
Apesar das queixas sindicais, o plenário desta quinta-feira foi pouco participado, com apenas cerca de 30 enfermeiros presentes. Guadalupe Simões justificou a fraca adesão com a “sobrecarga de trabalho”. Neste plenário não foi decidida nenhuma forma de luta, no entanto a responsável garantiu que os protestos não estão postos de parte e poderão ser anunciados nos próximos dias.]

NB: Nós sabíamos que perante as dificuldades que tivemos em registar o nosso nome sindical [Sindicato dos Enfermeiros - SE] que havia uma tendência mais acarinhada por detrás que, de quando em vez, desponta subtraindo os "Portugueses".
Aos Colegas que nos fizeram o comentário nós alertamos que não somos invejosos e o erro foi da jornalista, pois que ao desenvolver a notícia já escreve SEP com todas as letras.
Também louvamos o esforço em divulgar as carências de Enfermeiros, que, pelos nossos cálculos, são necessários bastantes mais, segundo as dotações seguras, que por exemplo nos CSP são 300 fam.x3 (uma mãe, um pai, um filho)=900, indivíduos, no máximo.
Já nos hospitais, um serviço com 30 doentes deve ter, pelo mínimo, 20 Enfermeiros.  
Além de não dizer a escala que serve de base, ao cálculo bem gostaríamos de lhe apalpar a opinião de quem é a culpa de os Enfermeiros não manifestarem interesse pelos "plenários sindicais nacionais"...
Se ao trabalho específico dos Enfermeiros, que só estes sabem e podem fazer, segundo a lei e os costumes, acrescentarmos o tempo que perdem com tarefas que desrespeitam a essência do seu trabalho profissional, erro de leitura dos que pensam que os Enfermeiros são os topa-a-tudo, então as necessidades são maiores.
Temos um grupo a fazer um estudo de quantas horas perde um Enfermeiro, a ajudar o Médico a resolver os seus problemas de trabalho e outras tarefas, além das suas de Enfermeiro, como tem o Médico as suas, que ninguém perturba, com outras; como tem o administrativo as suas, que ninguém perturba, já não falando daquela enfermeira chefe do CS de Viana, que destaca retirando uma Enfermeira do seu trabalho para transportar a Assistente Social a uma visita domiciliária.
Mesmo estando tão mal pagos, como estão os Enfermeiros e sendo eventualmente agradável passear, não é certamente o melhor uso dos Enfermeiros em tarefas, que não são compatíveis com a sua formação.
Mas foi a enfermeira chefe que fez isto na minha frente, enquanto perturbava uma reunião sindical, das poucas que, infelizmente se fazem.
Se numa perspectiva de Confúcio, os Enfermeiros não se respeitam a si, na sua função, como hão-de impor aos outros, que os rodeiam, esse respeito?
Conclusão: a seara é grande e os ceifeiros são poucos para a segar!
Com amizade,
José Azevedo

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