quinta-feira, 14 de agosto de 2014

AO SENHOR DA SAÚDE 2

«EXAUSTÃO DOS ENFERMEIROS - O Ministro da Saúde afirmou: "Os Enfermeiros têm um trabalho essencial na saúde e, no SNS, em particular. E têm um trabalho muito intenso designadamente quando, agora, estão a cumprir 40 horas semanais de trabalho.
Mas não podemos esquecer especificamente que um Enfermeiro desempenha muitas das vezes o seu horário num hospital público e, depois, tem uma outra função, às vezes mais 2, com que acumulam.
Há aqui uma questão não de trabalho na área da Enfermagem que não deriva apenas do SNS."

Disse ainda: "não é com greves que os problemas se resolvem". Fonte: Antena 1 - RDP -13.08.2014

Quando se aborda uma questão tão premente e grave desta maneira;
Quando se deixa uma carreira em cacos à espera de ser reconstruída pela contratação colectiva;
Quando não se obedece às ordens do Primeiro Ministro que já mandou ao Ministro da Saúde atender os problemas dos Enfermeiros;
Quando se fazem contratos colectivos com a classe médica até ao domingo, para fugir às exigências fictícias da Troika, para as 40 horas médicas, funcionários por opção voluntária e, nesse caso iguais aos outros terem um tratamento de excepção;
Quando um só grupo profissional, que nem sequer é o mais numeroso, consome 85% das verbas do Ministério da Saúde e para os outros ficam uns escassos 15%:
Quando um Ministro se desculpa com as próprias culpas, isto é; a exaustão dos Enfermeiros é devida às acumulações, esquecendo que essas resultam das castas que está a alimentar no Ministério classificando como "párias" os Enfermeiros, com baixíssimos salários para os que pretendem ter um nível de vida minimamente decente segundo as habilitações e trabalho que desenvolvem, Sua Excelência mistura a exaustão geral, de que sofrem, portanto, todos os Enfermeiros e não apenas os acumuladores, com algumas acumulações, para se desculpar da negligência com que ele e a casta da cabeça do Buda estão a tratar os Enfermeiros.
Como estas coisas até um cego vê, estamos a ter crescentemente, o apoio às nossas iniciativas, até dos que se fingiam de cegos para não terem problemas com os patrões mandões.
Também estes estão a ver, claramente, que se ganharem o dobro, podem trabalhar só metade do que trabalham hoje.
Com a greve geral dos Enfermeiros, sem o apoio do PCP/CGTP, em 1976, os Enfermeiros subiram 6 letra no vencimento, passando o vencimento do Superintendente para o Enfº de 2ª Classe.
Hoje, o cenário é semelhante no que se refere a remunerações dos Enfermeiros.
Se os Enfermeiros todos, incluindo os que se dizem PCP ajudarem a formar um conjunto epidémico e demolidor, mesmo correndo o risco de trocar os interesses dos mandantes pelos interesses da Enfermagem, irritando-os, venceremos e daremos uma lição aos que pensam que Enfermeiro é uma coisa confundível com tantas outras, para os próximos 30 anos.
E pode muito bem suceder que a ideia que vai ficar peque de estaca, para não mais confundirem Enfermeiros com castas marginais, porque eles são a essência do SNS. 
Não é apenas o trabalho, como diz Ministro da Saúde que é essencial, são os Enfermeiros, porque só a essência é que produz trabalho essencial.
Se já chegou até aqui, por que não avança?
Quem o impede de cumprir os seus deveres ministeriais?
E não pense que estas palavras são da nossa invenção; elas são são a expressão atenuada dos maus pensamentos que alimentam o descontentamento das horas de trabalho dos Enfermeiros.
No nosso elevador de classificação, com esta saída infeliz, desceu ao andar -3.

Com a amizade de sempre,
 José Azevedo


Paulo Macedo "Exaustão" dos enfermeiros resulta da acumulação de funções

O ministro da Saúde admitiu hoje que há falta de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, mas sublinhou que a exaustão de que aqueles profissionais se queixam deriva da acumulação de funções nos setores privado e social.
PAÍS
Exaustão dos enfermeiros resulta da acumulação de funções
Lusa
"Não podemos esquecer que, tipicamente, um enfermeiro desempenha, muitas das vezes, o seu horário num hospital público e depois tem uma outra função, ou às vezes mais duas, com que acumulam", referiu Paulo Macedo, à margem de uma visita ao Hospital de Braga.
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Os enfermeiros têm vindo a fazer greves um pouco por todo o país, alegando que a escassez de profissionais os obriga a cargas horárias de trabalho muito intensas, o que os está a deixar à beira da "exaustão" física e psicológica.
Para Paulo Macedo, aquela não é uma questão "que deva levar à greve".
"Percebo algum tipo de insatisfação, percebo que os horários foram aumentados, mas a questão da exaustão não tem a ver apenas com o Serviço Nacional de Saúde, tem a ver com todo o enquadramento da enfermagem e todos as solicitações ao enfermeiro em Portugal", referiu.
O ministro reconheceu que há "falta de enfermeiros", mas garantiu que o Governo está a fazer, ao longo deste ano, um recrutamento "significativo" daqueles profissionais.
Isto apesar de, como lembrou, com a entrada em vigor da "lei das 40 horas" haver mais tempo de enfermagem disponível nos hospitais.
"Mas também há pessoas que se reformam e, por isso, iremos contratar mais enfermeiros. Achamos que este reforço é importante, porque os enfermeiros são uma peça essencial [no Serviço Nacional de Saúde]", acrescentou.


A REVOLTO DE UM ENFERMEIRO RUI CARLOS BASTOS SANTOS
mais sérias não lhe desejo . Sou sincero quero-o de boa saude. Física e Mental . Não desejo nada de menos bom a mente tão iluminada . Mas desculpe esta tarde falou da minha exaustão . julgo estar certo .
Deixe dizer-lhe de forma sincera que não foi feliz na justificação da exaustão .
Vejamos caro Paulo :
- Se existem acumulações é porque o senhor nunca se preocupou com um verdadeiro plano de emprego na Enfermagem,
- Se existem acumulações é porque o senhor nunca apostou numa política correta de reforço do serviço público
- Se existem acumulações é porque os enfermeiros são necessários
- Se existem acumulações é porque o senhor nunca pensou na separação entre público e privado 
- Se existem acumulações é porque o senhor nunca resolveu considerar e privilegiar um regime de exclusividade para funções públicas
- Se existem acumulações é porque ao fim de 18 anos de serviço, muitos como eu ganham 1000 euros ao fim do mês a trabalhar aos fins de semana, feriados, natal e fim de ano
- Se existem acumulações é porque o seu governo roubou, sim roubou Paulo, desculpe, 15 % do meu salário ao aumentar o meu horário semanal de forma unilateral .
Sabe Paulo, tenho de ir trabalhar mas muito mais dizia, lembre-se dos milhares de Enfermeiros que forma e que depois empurra para o estrangeiro .
Paulo lembre-se que continua a pagar aos Enfermeiros como profissionais de segunda sem garantir qualquer valorização pela sua intervenção diferenciada . 
Paulo tudo de bom para si, sinceramente não desejava fazer-lhe uma lavagem à bexiga com uma aramada 3 vias número 24 e sabe porquê ? 
Poderia o senhor sentir o que são mãos trabalhadoras e competentes num corpo exausto mas continuadamente profissional, e esse gosto o senhor não merece .
De forma exausta,
Rui Santos .

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