quinta-feira, 28 de agosto de 2014

NÓS AVISÁMOS

Têm sido muitas as opiniões acerca dos nossos avisos de que vamos processar criminalmente os chefes de carreira ou os de conveniência, por elaborarem horários criminosos tanto para os Enfermeiros como para os clientes.
Deviam saber que são os principais e primeiros responsáveis pelas escalas de serviço, pois são eles que as elaboram.
E se cumprirem a lei, e não é o que acontece em muitas situações, têm de ouvir a outra parte, ou nós, Sindicato, em sua representação.
Ora, estes valentões ciclistas, que se vergam para cima e pontapeiam para baixo, cuja valentia está em ameaçar os colegas de que fazem e acontecem se não obedecerem às suas ordens ilegais, vão ter que demonstrar quem lhes dá tamanho poder, pois vão precisar dele.
Hão-de ver como vai ser regenerador da confiança dos Enfermeiros, em si próprios e neste Sindicato, quando começarem a surgir os primeiros resultados, que as 40 horas semanais vieram evidenciar, até ao absurdo.
Como é do domínio público o MEDO é postiço e pode meter-se em quem o não tem.
Não podem imaginar a dor que nos causa um sem número de figurinhas tristes que estamos a analisar em muitas chefias de Enfermagem.
Um exemplo tirado ao acaso.

Retificando

No Centro de Saúde de Valença a Enfermeira X recebeu de oferta de um cliente reconhecido, um salpicão mal amanhado, (final era chouriça de sangue preto) que resolveu aquecer no micro-ondas do serviço, no intervalo da tarde.
Com a força das ondas, rebentou-se e espalhou-se pelo interior do aparelho. E foi-se atender os clientes.
A servente auxiliar assistente operacional, em vez de limpar o que estava sujo, como lhe compete, usando o ascendente que tem sobre a enfermeira chefe, ordenou a esta que castigasse a Enfermeira, o que esta fez, começando por lhe fazer um horário contrário às preferências da Enfermeira, até que a expulsou daquela unidade, (foi empandeirada para o serviço de cirurgia do Hospital de Viana do Castelo, contra a vontade da própria. Ora se isto não é castigo e perseguição; é muito parecido com isso) satisfazendo as exigências da assistente operacional a operar nas limpezas. (De facto não sabemos em pormenor o que se passou entre a chefe e a AO. para melhor interpretação, de quem souber mais, deixa-se aqui o PDF da ordem dada pela chefe)
Mas esta característica de as chefias de Enfermagem terem muita consideração pelos AO e pouca ou nenhuma pelos Colegas de profissão, não é de hoje nem é caso único, acreditando em tudo que estes dizem, até a propósito dos Enfermeiros, armados em "bufos".
Mas a coisa não acaba aqui. Toda a gente naquele CS ganha horas extraordinárias, começando pelos médicos que vêm de Viana com o taxímetro a funcionar receitarem várias coisas, mesmo soros, na veia para hidratar velhos, que têm a goela desentupida. Deve ser para mostrar serviço e para encher a veia por não acreditarem nas transformações orgânicas.
Pois a nossa visada impunha aos Enfermeiros horas extraordinárias, mas pagas em amendoins, que é comida de macaco, enquanto todos os outros funcionários desde as serventes aos médicos recebem eu euros. (por mais um lapso de memória, que é coisa que não falta à referida chefe, esqueceu-se de dizer como eram pagos os enfermeiros que fazem horas extraordinárias, e muitas, e como são pagos os outros. É preciso que a letra diga com a careta)
Como ignora que o DL 62/79 de 30 de Março (que nos CSP só se aplica aos Enfermeiros) determina que o trabalho extraordinário dá ao Enfermeiro a possibilidade de escolher a forma de pagamento: tempo ou dinheiro e à instituição só lhe deixa a hipótese de pagamento em dinheiro, (CN nº 8/79), porque se o trabalho extraordinário resulta da escassez de pessoal estar a pagar em tempo (são os Enfermeiros que pagam uns aos outros sobrecarregando-se com o trabalho que os folgantes teriam de fazer), pagar em moeda-tempo só agrava a situação.
Levado o caso à directora executiva, por Enfermeiro, que não lhe tem medo, a directora executiva deu razão ao Enfermeiro, obviamente, que a incompetente chefe com a sua evidente ignorância entre outras normas as do DL 62/79, de que cabe ao Enfermeiro escolher a forma de pagamento, veio vencida, mas não convencida fazer comentários com a sua "preferida" AO, nada elogiosos para a sua chefia.
Sabemos que na óptica de muito covarde não devíamos expor estas vergonhas, que são públicas, na área dos principais intervenientes, mas o nosso objectivo é pedagógico, dada a impreparação de muitas "chefias", que não sentem o dever profissional de ginasticar a mente com estes conceitos legais, sobretudo os que lhes dizem directamente respeito.
Mas a vida é assim, como lembra mestre Alvim

Com amizade e paciência
José Azevedo


 Retificando
Concordamos com o seu pedido, pois a culpa de facto não é desta chefe, mas também é nossa, por não sermos tão eficazes nestes casos como devíamos ser e de quem hierarquicamente a mantém nesta função, que subsiste.
Somos dos que defendemos acerrimamente as chefias subsistentes e discordamos das de conveniência, justamente por esta condição; serem de conveniência de algo ou alguém, mas isso não dá direito a nenhuma delas de abusar do poder, que têm ou julgam que têm. E não falo de cor, pois, infelizmente, e felizmente, tenho alguma experiência na matéria, não pequena nem de hoje.
E quem está atento ao que faço, digo e penso, não pode admirar-se desta postura.



ORDEM DADA À VÍTIMA

Nota final: faça o favor de dizer ao seu advogado que o que dissemos está dentro dos limites e até ficou ou pouquinho aquém se lhe der  a ler o que ordenou à vítima da sua decisão e que aqui se explicita para não ficarem eventuais dúvidas de interpretação.
Se se desvinculou do Sindicato é uma decisão livre que não impede de exercermos o direito de defender quem precisa e recorre a nós.
Diz que não ouvimos a sua parte, e, aqui volta a ser traída pela sua memória, pois não só recebeu um pedido de esclarecimento escrito, por nós enviado, convidando-a educadamente, segundo o conceito de educação, que parece possuir, que coincide com a data da desvinculação de sócia.
Mesmo assim, se alguém a tivesse ofendido, tê-la-íamos defendido.
Já agora e para terminar, diga também ao seu advogado, que o seu direito de se sentir "molestada" com aquilo que dissemos e que tomou como um todo dirigido à sua pessoa e, não é, claramente, tem o mesmo peso de nós expressarmos o que nos parece justo e correcto em defesa das vítimas que a nós recorrem.
Terá que explicar quem transferiu a colega que desencadeou este diferendo, para Viana, pois a ordem que lhe deu por causa da limpeza do micro-ondas, não deixa dúvidas.
Reafirmamos: seja qual for a razão da sujidade, compete aos auxiliares limpar o que está sujo, pois é para isso que estão pagos e contratados.
Como chefe zelosa e por mérito, como afirma, devia saber que a ordem que exarou, para a Enfermeira cumprir é um castigo sem o respectivo processo, pois nem sequer averiguou as causas do acidente involuntário.
De facto tem direito ao meu pedido de desculpas;
mas se é como diz, quem merece mais essas desculpas sou, que defendo os Enfermeiros por ser um viciado nessa arte e, faço-o gratuitamente e voluntariamente.
Daqui a algum tempo, depois de calcular que as pessoas que leram a 1ª versão a possam completar com a 2ª retiro esta rectificação, naquilo que lhe diz respeito. Não precisa de gastar dinheiro com advogados por nossa causa, pois este blog não está vocacionado para lavadouro comunitário.

Com amizade,
José Azevedo

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