sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PITA BARROS DEFENDE INCENTIVOS

Pedro Pita Barros defende incentivos financeiros e profissionais para fixar clínicos nas zonas carenciadas

  • Quarta-Feira, 20 de Agosto de 2014
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Embora a contratação no mercado internacional de médicos ajude a resolver o problema de “desertos médicos” em Portugal, «não se deve deixar de pensar noutras soluções, que ajudem a fixar médicos portugueses e formados em Portugal nas zonas geográficas cadenciadas», considera o economista Pedro Pita Barros.
De acordo com o professor da Nova School of Business and Economics, da Universidade Nova de Lisboa, numa opinião colocada no seu blogue (), são necessários incentivos económicos e profissionais para fixar os clínicos. «Será necessário pensar em termos de diferencial de salário e em termos de projecto profissional e pessoal de longo prazo que pode ser oferecido nessas áreas», afirma Pedro Pita Barros.
O comentário deste economista que se tem dedicado à área da Saúde surge após o Ministério da Saúde ter revelado o teor dos contratos assinados com Cuba desde 2009, na sequência de uma queixa apresentada pelo jornal i à Comissão de Acesso a Documentos Administrativos.
O i analisou os documentos e calculou que o montante já pago pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) desde essa altura rondará os 12 milhões, sendo que apenas uma parte vai para os médicos (a outra parte fica para as autoridades cubanas financiarem a formação e o serviço de saúde de Cuba). O País paga ao Governo cubano 4230 euros por mês por cada clínico.
Entretanto, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), numa resposta  ao jornal, fez as contas e concluiu que um médico português contratado à tarefa poderá custar, em média, «4800 euros por mês» ao erário público, portanto mais 570 euros do que é pago actualmente ao Governo cubano pelos clínicos daquela nacionalidade que têm vindo colmatar falhas nos centros de saúde do Alentejo e do Algarve.
O bastonário da Ordem dos Médicos já se tinha pronunciado para criticar o Ministério da Saúde por não oferecer aos profissionais portugueses as mesmas condições que proporciona aos cubanos. José Manuel Silva exortou mesmo os sindicatos a apresentar esta exigência ao Ministério da Saúde.
O Sindicato Independente dos Médicos, em comunicado (http://www.simedicos.pt/Noticias/Revelado-o-negocio-dos-medicos-cubanos_4435.aspx) responde que «continuará a pugnar para que sejam concedidas pelo Governo Português e pelo Poder Autárquico condições idênticas para fixação de jovens médicos especialistas em zonas carenciadas, quer em aspectos remuneratórios quer de alojamento ou outros, desincentivando-os de emigrarem».
Actualmente existem 18 médicos cubanos nos centros de saúde, «num universo de 7651 médicos» de família. Em Setembro vão chegar mais 51, lembra a ACSS, sublinhando que «serão colocados nas zonas mais carenciadas», como o Alentejo, o Algarve e a região de Lisboa e Vale do Tejo.

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20 de Agosto de 2014
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