segunda-feira, 17 de novembro de 2014

NO RESCALDO DE MAIS UMA GREVE



Olá,
Bom Dia a todos os que gostam e desgostam de nós, aqui no SE-Sindicato dos Enfermeiros.
Feitas as contas o resultado é:

-Nos serviços onde seria possível fazer valer e demonstrar a força dos Enfermeiros o SES fez uma "requisição civil", sem lhe dar esse nome e lá se foi o valor dos Enfermeiros.

-  Nas consultas e nas cirurgias programadas houve um contributo precioso para a privada dos médicos, pois como não havia Enfermeiros a greve beneficiou, em geral, a privada...

- Mas o que mais nos preocupa é a banalização de formas de luta, como a greve, que até o Ministro da Saúde já descobriu esse fenómeno, que se saldam por fins de semana alargados para meia-dúzia de oportunistas, que aproveitam, e bem, privilégios das Classes trabalhadoras, como é o direito à greve.

- Depois invertem o sentido das coisas, dizendo que os grevistas não substituem os não grevistas, pervertendo a genuinidade da greve: o grevista não pode ser substituído por quem quer que seja, e é ele que deve estar presente no seu posto de trabalho, a defendê-lo, para que ninguém lho ocupe.

- Eis um aproveitamento escandaloso que  banaliza o sentido autêntico da greve. E o patronato abusa.

- Há sempre uns rumores que tal como as greves dos Portugueses não têm sentido que nos provocam dizendo que se nos juntássemos ao grupo dos grevistas à Portuguesa, as coisas teriam outros resultados.
Não temos dúvidas que teriam, pois nós não brincamos com  coisas sérias.

-Mas devem dirigir essas dúvidas a quem as promove: quem, quando e por que meios nos contactou, para acções conjuntas. Só este pormenor é suficiente para tornar muito suspeitas essas acções de luta com o nome de greve.

- Não gozem connosco porque nós estamos a trabalhar só para os Enfermeiros e a defender, como podemos, as suas causas legítimas.
Perguntem ao representante mor dos Portugueses por que recusou acções conjuntas, quando o Bastonário propôs a todos os presentes que representavam todas as Associações de Enfermeiros; ele foi o único que não se ajuntou dizendo que primeiro tinha que ir consultar a Organização (dele).

Não nos insultem mais, dizendo que não somos nós que não nos juntamos.
Olhem para os resultados dessas pseudo-greves, onde até se exige que os não grevistas é que têm de substituir os grevistas, quando a lei diz exactamente o contrário; ninguém pode substituir os grevistas.

Aqui não se brinca com coisas sérias e a greve que estamos a preparar vai ser uma greve e não um faz-de-conta.

Com amizade,
José Azevedo

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