quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

MEDOS E ROUBOS AOS ENFERMEIROS SÃO CRIMES PÚBLICOS





Hoje, damos inicio a um processo histórico, que vai encorajar os Enfermeiros/as a perderem o medo de denunciarem as vilanias, que sofrem, produzidas pelos responsáveis de serviço plurinominais, que substituem as antigas chefias, assim como estas, que ainda subsistem, com as categorias e lugares, que detêm, até à aposentação.

Os abusos de poder, que se estão a desencadear, através dos horários de trabalho de Enfermeiros/as, servem de base à caracterização do crime.

Andámos muito tempo a avisar os carrascos e as vítimas de que íamos actuar em conformidade, se não houvesse sinais de correção. E não houve, pelo contrário; a situação agravou-se.
É para nós, dirigentes sindicais, muito incómodo o pânico que os Enfermeiros/as demonstram, quando os contactamos, nos locais de trabalho, sobretudo.
Parece que estão a lidar com bandidos criminosos e não com pessoas que os representam e defendem dos exploradores, que os atemorizam e andam por perto.
Imaginem:
Se o horário dos Enfermeiros é de 5 turnos de 7+1 horas e 2 folgas ou descansos semanais, os quais totalizam 48 horas consecutivas, numa semana de trabalho, de 2ª feira a domingo, quem altera este conjunto, está a transgredir a lei.
Ora, quem transgride a lei, abusa do poder, porque as leis são para cumprir e não para violar, nem para ultrapassar.
Se à alteração da chave matricial para elaborar escalas de trabalho de Enfermeiros/as (5 turnos e 2 folgas, art.º 56º nº 1 e 2 do DL 437/91), adicionarmos o furto de folgas devidas e não gozadas, o abuso do poder sobe de nível;
E se às "súplicas", por descanso, de quem está exausto forem dadas respostas como: - "se não quiser assim, há mais quem queira" e coisas do género, entra-se no campo da intimidação, despertando temores a quem trabalha, por absoluta necessidade de ganhar o pão de cada dia;
Finalmente, tudo isto se reflete no objecto do nosso trabalho, que são os seres humanos carentes de atenções espaciais e altamente qualificadas, tanto que os protagonistas raramente as medem, por não abarcarem, facilmente, a sua dimensão total.
Aqui, acaba a caracterização do crime público, que vai começar a fazer a sua carreira.

Não nos culpem por  sermos tão rigorosos e exigentes.
Os crimes de abuso de poder não acabam aqui, trepam pela hierarquia acima, até ao mais alto nível, destruindo o que os Enfermeiros têm de melhor; pessoal e profissionalmente.

Os poderosos abusadores deixaram de dialogar connosco, sobre assuntos tão sérios como as condições de vida e de trabalho dos Enfermeiros.
Estupidamente, não entendem que os Enfermeiros têm de ter turnos de trabalho curtos e períodos de descanso longos, para poderem aparecer com  o máximo das suas capacidades atentivas e retentivas, em funcionamento humano. Não entendem a bem, vão ter de entender, na justiça. A escolha foi desses...

Como os abusos ultrapassaram tudo o que é legal e humano, mormente, porque uma horda de administradores, com uns banhos de Telheiras, que não dão para distinguir eficiência de eficácia, que confundem, entre muitas outras coisas, julgam que, pagando aos Enfermeiros metade do que deviam pagar estão a prestar bons serviços à República; enganam-se e até, enganam os economicistas, outro grupo malfazejo.

Descobrimos a maneira mais fácil, por legal e rápida, de contra-atacar os que metem medo aos Enfermeiros e classificam os Colegas dos Sindicatos como bandidos, sem o dizerem abertamente, mas por mímica, o que é bem pior.

E vós caras vítimas, denunciai-nos as ameaças que vos fazem, com o maior número de pormenores e, se possível, testemunhados. Deixem as sanguessugas ao nosso cuidado e não tenham mais pena delas.

E mais não digo para não danificar o efeito surpresa, pois o tempo dos avisos já vai longe.

A nossa consciência acusa-nos de estarmos a prestar um bom serviço à Classe!

Com amizade,
José Azevedo

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