terça-feira, 20 de janeiro de 2015

AFINAL: POR CÁ, HÁ + DO Que 7 SÁBIOS

Chama-se JUGULAR um desses canteiros de sabedoria.

Fomos encontrar lá pessoas conhecidas e outras menos e ainda outras, totalmente desconhecidas.




Na sequência deste meu post, e da conversa na respectiva caixa de comentários, pedia a quem de direiro o favor de responder às questões que coloco e de contrariar, justificando, as afirmações que faço (as frases entre aspas são opiniões minhas).

1. "a farmacologia que é dada na licenciatura de enfermagem é escassa"
Não é? Mostrem-me os conteúdos curriculares das diferentes licenciaturas em enfermagem

2. "triar e diagnosticar são coisas diferentes"
Não são? Não saber a diferença é grave.

3. "pedir exames subsidiários de diagnóstico só se justifica para ajudar a sustentar ou excluir um diagnóstico"
Não é? Para que servem, então? Quando devem ser pedidos e quais?

4. "a formação em patologia clínica não faz parte do currículo académico da licenciatura em enfermagem"
Faz? Mostrem-me os conteúdos curriculares das diferentes licenciaturas em enfermagem

Vamos lá deixar-nos (mesmo) de patetices.

Adenda: também na caixa de comentários do mesmo post pedi opinião a um enfermeiro, doutorado em enfermagem e actual finalista de medicina. [São estes que classifico de falcões, porque renegaram a profissão e vão espantar pardais e outras aves para facilitarem as aterragens e descolagens dos aviões, enxotar e espezinhar ex-colegas, salvo seja... (José Azevedo)]

1 - Vamos lá dar uma ajuda à Dona Pires de Matos que não sei se é parente do Júlio ou não...
Se lhe tivessem dado uma pitadinha de gnosiologia saberia ver de forma mais fundamentada o que é o conhecimento e a relação entre o sujeito que observa e o objecto que é observado, para saber os graus de influência do sujeito sobre o objecto e temos o conhecimento subjectivo; ou do objecto sobre o sujeito, e temos o objectivo.
Antes da licenciatura e da Ordem dos Enfermeiros eram os programas ou currículos escolares que faziam de bitola para medir a sabedoria dos Enfermeiros: não lhe ensinaram no curso, não sabe...
É por isso que a citada Matos fala ainda nesse paradigma, como se entretanto as coisas não tivessem evoluído e às Enfermeiras estivesse vedada a possibilidade de, por sua conta e risco, como a qualquer licenciado, não lhes fosse permitido investigar, pesquisar, progredir da senda do saber da experiência feito. Se os empiristas ingleses, que têm a mania que são expertos a ouvissem ...
No entanto, louva-se o esforço para demonstrar que sabe.
Ali acima eu falo dos conhecimentos de farmacologia que têm os Enfermeiros para não administrarem penicilina procaínica no soro por via endovenosa.
É constante a preocupação dos Médicos em afastarem os Enfermeiros das comissões terapêuticas, sabemos nós porquê: é que não querem que os Enfermeiros lhes demonstrem os efeitos do que receitam, pois são estes Enfermeiros os únicos que podem observar ao minuto, os efeitos da receita médica.
A dona Matos distrai-se um pouco na observação. Podia ler a vara dialéctica do Platão para ascender do conhecimento sensível, até ao inteligível, que classificou, no seu grego, como da dianoia à noésis, respectivamente. E até podia partilhar com ele a dificuldade de fazer a ponte, entre o sensível e o inteligível e criou um demiurgo para transportar aos ombros, como o São Cristóvão, para a outra margem, os aprendizes, neste caso, do sensível para o inteligível. 

2 - Triar e diagnosticar são coisa diferentes. E não saber a diferença é grave, diz a Dona Matos.
É tudo uma questão de gnose ou gnoseologia; há 3 espécies:
1 Gnose, Conhecimento;
2 prognose, conhecimento prévio ou prognóstico;
3 diagnose, conhecimento das doenças ou outras coisas, pois não baliza somente o conhecimento das doenças.
A Triagem é um prognóstico feito de hipóteses mais e menos prováveis; é um conhecimento prévio e, como tal, hipotético à espera da tese ou diagnóstico definitivo, a que alguns também chamam, às vezes, diagnóstico provisório, em vez de prognóstico, que é uma conhecimento prévio ou triagem, à espera de outro mais definitivo. E os Enfermeiros não podem imitar o Madureira, dizendo; "quer-me pracer"?!
Não sabemos com que intento a Dona Matos, parente do Júlio, abordou esta questão.
No campo das hipóteses e discernindo, a partir da pergunta, pode inferir-se, com uma margem de erro de 0,1% que é uma questão corporativista esta comparação de quem sabe mais medicina; se o Enfermeiro se o Médico, pois a sabedoria clarificadora, até emerge de um enfermeiro doutor que cursa Medicina. 
A resposta cabal é: de Medicina devem saber os Médicos; de Enfermagem devem saber os Enfermeiros. Se não temos a cantiga: «O gato a fazer versos e o poeta no telhado; ó compadre, está tudo errado».
Quando não se sabe nem duma coisa nem de outra, podem fazer-se o tipo de perguntas do estilo "à Don'Ana".

3 - A formação em patologia clínica é mais dos Enfermeiros do que dos Médicos, partindo do pressuposto de que por CLÍNICO deve entender-se como acamado (ela queria dizer patologia médica...)
Tanto assim é que o processo clínico, até foi inventado por uma Enfermeira, que também desenvolveu a estatística (por isso é que muitos Médicos reprovam em estatística e as Enfermeiras não. A Universidade de Coimbra até vedou cursos, em comum), que se chama Florence Nightingale, certo, correcto?
E, Dona Matos, quem trata as patologias médicas, em estado clínico ou acamado?
Vá lá, deixe de saltar, em cima do computador e diga que não são os Médicos, mas os Enfermeiros.
A questão mais difícil não é diagnosticar as patologias, de cama ou de ambulatório, porque isso qualquer Médico faz, com a ajuda do badameco; mais difícil é encontrar uma posição, para o padecente, no leito, quando a medicamentação receitada pelo Médico, não tira as dores. É aí que entra o saber do Enfermeiro ou patologia empírica ou prática, verdadeira arte de tratar clinicamente o padecente.

«Vamos lá deixar-(nos) (mesmo) de patetices.» Diz Dona Ana.

Como a Dona Ana Matos, prima do Júlio de Matos, desistiu voluntariamente das suas patetices (é ela que o diz, porque "nos" é pronome reflexo dela e da família), não subimos ao andar de cima, para lhe demonstrar que os Enfermeiros não são nada do que ela pensa, corporativamente, deles; nem o que lhe ensinaram, no dia da recepção do/a caloiro/a...

Finalmente, a culpa não é só desta, Don'Ana: é, sobretudo, daqueles que costumam dizer, à frente dos doentes, alarvices como esta: "eu vou perguntar ao Médico/a, coisas, que os Enfermeiros são obrigados a saber, porque estão no âmbito da "arte Enfermeira".

Depois, elas (as Don'Anas) abusam e é bem feito...
Com amizade,
José Azevedo

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