sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

PULSEIRA PRETA



Pulseira preta


Garcia de Orta conclui que "morte não se poderia ter evitado"
O inquérito instaurado pelo Conselho de Administração à morte de um utente após três horas de espera conclui que mesmo que tivesse esperado só uma hora o desfecho seria igual.
O Conselho de Administração instaurou um inquérito para esclarecer as circunstâncias da morte de um homem naquela unidade de saúde, no domingo passado, depois de três horas à espera de ser visto por um médico, o qual concluiu que "a morte não se poderia ter evitado".
"O doente padecia de uma doença grave, com vários dias de evolução e o seu agravamento súbito, pelo carácter fulminante, tornou impossível qualquer procedimento em tempo útil que evitasse a morte", lê-se no comunicado divulgado hoje, no qual se garante que "foram prestados todos os cuidados que numa situação deste tipo são considerados adequados".
O inquérito concluiu que "o tempo de espera não influenciou o desfecho final" e que não influenciaria mesmo que o utente tivesse esperado apenas uma hora em vez de três.
A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) acompanhou a investigação.

Depois destas sinistras conclusões, não ficaremos surpresos se o Conselho de Administração do Garcia de Orta vier a propor que se acrescente mais uma cor à pulseira de Manchester. A cor preta, indicativa de que o doente pode ser conduzido a uma antecâmara mortuária evitando-se perda de tempo desnecessária em situações idênticas.
Tavisto

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