sexta-feira, 10 de abril de 2015

DE UM PERISSODÁCTILO PARA UM DINOSSAURO



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Numa daquelas greves que o Ministro da Saúde classificou de banais e banalizadoras, feitas a pedido da frente comum e da estrela que a ilumina, lá do céu, dissemos aos Enfermeiros que aquela não era a greve da Enfermagem;
Mas dissemos, também que a greve é um direito e um dever de consciência e de luta da Classe (onde as há), para cada qual aderir ou não livremente.
Os espertos das greves, de tantas e tão mal feitas praticarem nem se dão conta das leis que as regem.
Nos Enfermeiros, um desses meteu em cabeças mal aparelhadas o grevista e o não grevista, etc e tal, com a certeza de que esses cabeçudos não iam, e não têm ido ler a lei da greve.
Foi um desses cabeçudos, cujas metamorfoses não fazem prever como vai metamorfosear-se, num estado mais ou menos definitivo, adulto, que escreveu aquele texto que fala por si.
Não digo o nome, para não lhe criarmos condições para ser escolhido para cargo de monta, porque há quem prefira o produto que publicitamos: se dizemos bem do produto, para esses não presta; se dizemos mal, é de contratar.
COMO A GREVE QUE ESTAMOS A A PREPARAR NÃO TEM NADA COM GREVISTA E NÃO GREVISTA E COM QUEM SUBSTITUI QUEM, VAMOS PUBLICANDO ARTIGO A ARTIGO DA LEI E RESPECTIVA FUNDAMENTAÇÃO.
Vejamos:
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Portanto: substituir os grevistas é contra-ordenação muito grave.
Se o não-grevista continuasse o turno ia cair na substituição dos grevistas, que é contra-ordenação muito grave.
Os turnos são sujeitos aos serviços mínimos que quem decreta a greve tem o dever de assegurar, independentemente de ser ou não grevista.
Se o não-grevista fosse sim-grevista tinha de continuar o turno se não estivesse escalado para prestar serviços mínimos?
Por que é que Deus, Algo Maior Que o Qual nada pode Ser Pensado Nem Criado (argumento ontológico de Santo Anselmo, na definição de Deus) os fez assim? Com amizade,
José Azevedo

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