quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O SOFISMA



A propósito da amamentação/aleitação há quem pretenda conseguir raciocínios lógicos, partindo de pressupostos errados.
1- Dar de mamar a uma criança, a partir dos 12 meses de idade, é crime, por fraude ou, engano do patrão da mãe;
2 - O atestado médico, que seja passado, como garantia das vantagens de continuar a amamentar ou a aleitar, é falso necessariamente falso e requer contraprova, não do atestado, documento legal bastante, mas do que ele certifica: amamentação e ou aleitação;
3 - O legislador estipulou que o tempo máximo de amamentação é de 12 meses e quem não mamou o suficiente, que tivesse mamado, porque a partir dos 12 meses, fecha-se a mama, a não ser que a criança seja anormal e o médico, que a assiste, ateste por sua honra profissional que, para seu equilíbrio psicofísico a criança precisa de continuar a mamar leite materno.
4 - Mas, nestes casos, a honra e palavra do Médico não é suficiente, por si, e precisa de ser comprovado com uma boa esguichada de leite na "foça" do observador testemunha.
1 - Virando a agulha para a aleitação, pergunta-se, como fazer nos primeiros 12 meses, se não há mama, para espremer!... Também são para cortar?
2 - Não estará o 1º duodécimo de aleitação, logo sem mama, nas mesmas circunstâncias do 2º duodécimo de amamentação/aleitação, ou seja; o 1º duodécimo, com ou sem mama é tolerada a assistência da mãe; já o 2ª duodécimo, mesmo com mama, é posto em causa, não por causa da mama, que aparece como disfarce, ou desculpa de mau patrão, mas como um exagero de a mãe querer prolongar mais uma temporada de assistência ao seu filho.

Dito isto, classifico os envolvidos, de maus mentidores, porque nem mentir sabem.
O que provam tolerar mal é que as mães tenham qualquer tempo para cuidarem da sua criança, reduzindo-lhe um pouco as ausências.
Mas para evitar isso deviam contratar Enfermeiras castradas ou Enfermeiros.
Sendo a Enfermeira uma profissão essencialmente feminina deviam os administradores que temos, fazerem contas a esse fenómeno, começando por acautelar as ausências que a gravidez e a maternidade exigem. 
Ignorar esse fenómeno é demonstrar ser meio administrador, ou menos ainda.
A outra solução é sonegar o direito à maternidade, às Enfermeiras.
Nós já tivemos uma experiência selvática no tempo do Estado Novo: "as Enfermeiras não podiam ser casadas com homens e trabalharem em hospitais públicos". Mas podiam ter filhos, desde que isso não perturbasse os serviços.
O nosso Sindicato dos Enfermeiros, em colaboração com a Liga da Profilaxia Social, com sede na Rua de Passos Manuel, frente ao Coliseu do Porto, envergonhou o Dr.Salazar com esta norma selvática, que a revogou em 1960, podendo a partir dessa data as Enfermeiras terem um estatuto de mulher normal.

Será que este salazarentos (por extinção dos salazaristas) querem reeditar a norma que Salazar revogou, confundindo seres humanos com as suas virtudes e defeitos, com os direitos de cidadania que a Constituição da República lhes concede.

Há quem diga; "se queres ver aquilo de que as pessoas são feitas e capazes, dá-lhes poder para veres como o usam".
Mas o Povão, na sua simpatia e singeleza diz isto mais bem;  "Se queres ver o vilão, mete-lhe uma vergasta na mão". Claro que neste caso a vergasta é o ceptro, o cajado, o bastão, o poder.

Com amizade,
 José Azevedo


Teste de amamentação no Hospital de Santo António passa a ser feito por prolactina


Teste de amamentação no Hospital de Santo António passa a ser feito por prolactina

Na sequência do "escândalo social", o Centro Hospitalar do Porto deu ordens para que, a partir desta segunda-feira, passasse a ser utilizada apenas a análise à prolactina "às que aceitarem fazê-lo".
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto, Sollari Allegro, disse esta segunda-feira que, em função do "escândalo" motivado por uma notícia do jornal "Público", decidiu-se alterar os testes para comprovar a amamentação, que serão feitos por análises à prolactina.

"Para verificação se estavam em aleitamento [fazia-se] a expressão da mama, a retirada com bomba ou a [análise à] prolactina e as senhoras faziam a escolha do método que pretendiam. É evidente que, se não quisessem fazer, não faziam e não havia qualquer consequência", disse à Lusa o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto, que inclui o Hospital de Santo António.

O jornal "Público" noticiou no domingo que duas enfermeiras, uma do Hospital de Santo António e outra do São João, ambos no Porto, se queixam de terem tido que comprovar às entidades laborais que estavam a amamentar "espremendo leite das mamas à frente a médicos de saúde ocupacional".

Na sequência da notícia e do "escândalo social", o conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto deu ordens para que, a partir desta segunda-feira, passasse a ser utilizada apenas a análise à prolactina "às que aceitarem fazê-lo".

Sollari Allegro justificou a prova por terem verificado que "havia muita gente em aleitamentos prolongados, muito além daquilo que é imaginável", pelo que foi pedido ao departamento de Qualidade que implementasse um sistema de controlo.

"Eles decidiram que havia um chamamento das pessoas que estavam em aleitamento há mais de dois anos e depois punham três hipóteses", disse.

Sobre as eventuais consequências de quem se recusasse a fazer o teste, Sollari Allegro afirmou que "legalmente não pode haver consequências, é uma tentativa de esclarecer as situações".

Esquerda quer esclarecimentos
No domingo, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse não conhecer a metodologia aplicada pelos dois hospitais do Porto que pediram provas de evidência de leite às funcionárias que recorrem à possibilidade de redução do horário de serviço por amamentarem.

No mesmo dia, a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu alterações legislativas para acabar com os atentados contra a dignidade das mulheres e pediu esclarecimentos ao ministro da Saúde sobre as enfermeiras que tiveram de espremer leite para provarem estar a amamentar.

No mesmo sentido foram as declarações do deputado do PCP Jorge Machado, que disse à Lusa que o partido vai questionar o Governo na sequência da denúncia de que há trabalhadoras em hospitais no Porto a serem forçadas a espremer leite para provar que estão a amamentar.

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