sexta-feira, 29 de maio de 2015

SANTA MARIA PORQUÊ???????????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!






{Vamos estar atentos para vermos onde está a razão ou razões deste gato miar.
Temos de ir à procura dos ratos, que o gato denuncia.
Vamos saber quantos Adalbertos há ou se algum tem mais que uma cara. E se tem mais, quantas tem ao certo?
Quem se lembra, ainda do presidente da ética e da forma como foi pressionado?
Quem sabe as semelhanças que há entre a Maçonaria e a Obra de Deus (Opus Dei)?
Quem sabe o nome do Papa que expulsou a Maçonaria da Igreja e abriu a Porta à Opus Dei?
Qual o fim de juntar estas organizações e culpá-las a ambas num aparente jogo de espelhos?
Quem encomendou o trabalho dito de investigação a dita investigadora que até usou um método científico!...
Mas haverá investigação sem esse método?

Sabendo-se que a SAÚDE passou do ócio para o negócio, quem estará a promover a bastante visível estratégia da cegonha e da raposa face à localização do caçador?




Hospital de Santa Maria investigado por “cunhas” e suspeitas de corrupção

Ex-director clínico do hospital que fez denúncias de alegadas ilegalidades em Fevereiro diz que ainda não foi ouvido pela Inspecção das Actividades em Saúde nem pelo Tribunal de Contas.



O Hospital de Santa Maria (Lisboa), um dos três maiores do país, foi quarta-feira abalado pela divulgação de um estudo que conclui que esta unidade onde trabalham quase sete mil pessoas estará sob a influência de “uma teia de lealdades a partidos políticos, a lojas maçónicas e a organizações católicas” e onde serão comuns actos de pequena corrupção, como "trocas de favores".
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de averiguações e a organização católica Opus Dei apressou-se a desmentir tal conclusão, sublinhando que não foi sequer contactada pelos investigadores. O Centro Hospitalar de Lisboa Norte (a que pertence o Hospital de Santa Maria) recusou-se a comentar “um estudo que desconhece”.
A averiguação da IGAS vai ser integrada numa investigação que a inspecção já tem em curso e que foi aberta a pedido do ministro da Saúde, na sequência de denúncias de alegadas ilegalidades feitas pelo anterior director clínico do hospital, Miguel Oliveira e Silva. “Não estou surpreendido com as conclusões deste estudo”, diz ao PÚBLICO o médico que em 13 de Fevereiro abandonou o cargo, depois de ter denunciado, junto do Conselho de Administração do hospital, que havia material para doenças cardiovasculares, como próteses, e material ortopédico que estaria a ser adquirido “sem caderno de encargos”.
Miguel Oliveira e Silva afirma que, além disso, entregou em mãos à IGAS e ao Tribunal de Contas um dossier sobre “as obras da consulta de cardiologia que deveriam ter acabado em Agosto” e se foram prolongando no tempo, ultrapassando em muito o orçamento inicial. “Até hoje, porém, ainda ninguém me ouviu”, lamenta  o médico, que foi presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e permaneceu poucos meses no cargo de director clínico.
Oliveira e Silva recorda ainda que foram os directores de vários serviços, nomeadamente de cirurgia vascular e cardiotorácica, que pediram a realização de um inquérito à administração do hospital por causa do material que estaria a ser comprado sem caderno de encargos. “A informação do departamento de compras foi a de que não havia caderno de encargos e até hoje não foi desmentida”, sublinha.
As conclusões do estudo que esta quinta-feira vai ser apresentado em Lisboa são de natureza diversa. O Hospital de Santa Maria é uma das seis instituições avaliadas no estudo “Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal” que é patrocinado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. As outras organizações são a EDP, os CTT, a Euronext Lisboa (Bolsa de Valores), a Autoridade Tributária e a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) e a classificação foi efectuada considerando factores internos (grau de meritocracia, imunidade à corrupção e “ilhas de poder”)  e externos (proactividade, abertura tecnológica e aliados).
Foi justamente nas três primeiros que o Santa Maria recebeu nota negativa. Os investigadores (da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade de Princeton) frisam no relatório que a situação mais “problemática” que encontraram foi a deste hospital, onde a “meritocracia” estará mais “comprometida” por uma combinação de factores. 
Na parte referente ao Santa Maria - e que é da responsabilidade da socióloga Sónia Pires - afirma-se que neste hospital são “prática comum” actos de pequena corrupção como a “troca de favores”. Exemplos? Fazer “passar à frente nas listas de espera amigos e familiares” ou um médico "canalizar doentes que têm que fazer análises para laboratórios privados dos quais é sócio”. São afirmações atribuídas a dirigentes e funcionários do hospital que responderam a um inquérito e foram entrevistados entre 2012 e 2013 . No total foram 29 os que quiseram dar o seu testemunho. A taxa de resposta aos mais de 200 inquéritos foi de 17%, pelo que as conclusões deverão ser lidas com cautela.  O facto é que nenhum dos inquiridos disse acreditar na ausência de corrupção no hospital, segundo os investigadores.
A imagem do hospital sai assim muito chamuscada no retrato traçado nesta análise, em que se afirma que os interesses públicos e e privados de "grupos poderosos", nomeadamente na classe médica e nas direcções de serviços, chegam a condicionar o funcionamento da unidade. À TSF, Sónia Pires sublinhou, porém, que se passa no Santa Maria não é um caso isolado e deverá verificar-se também noutros hospitais do país.
Além disso, os investigadores sublinham que a situação era pior há uma década, quando “estava fora de controlo”. Não havia, por exemplo, “registos de utilização do equipamento” e verificavam-se “roubos regulares, por parte de médicos e de outro pessoal, que se serviam a seu bel-prazer dos armazéns do hospital para fornecer as suas clínicas privadas".

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