domingo, 22 de julho de 2018

MACACOS, GALHOS E COVEIROS - MINISTRO DA SAÚDE E ENFERMEIROS





SERÁ ESTE O PRÓXIMO MINISTRO DA SAÚDE!?
SEI LÁ, SEI CÁ...
MAS QUE TEM TODO O AR DISSO; TEM!

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ENFERMEIROS COLEGAS, PREPAREM-SE PARA O QUE AÍ VEM!
NÃO PENSEM FICAR NO BEM BOM DUMA QUALQUER ZONA DE CONFORTO
NÃO FUI EU QUE ESCREVI "OS MACACOS E OS GALHOS RESPECTIVOS": EU, APENAS, TRANSMITO O MEU ENTENDIMENTO E EXPERIÊNCIA.
MAS ISSO NÃO IMPEDE QUE CADA UM FAÇA A SUA LEITURA DOS FACTOS...
SE O SR. ADALBERTO PENSA ASSIM;
SE, APESAR DISSO, HÁ QUEM O ESCOLAHA PARA MINISTRO DA SAÚDE;
NENHUM ENFERMEIRO PODE DIZER-SE SURPREENDIDO.
A HORA É DE LUTA, DIGO EU.
PARAFRASEANDO BOCAGE [GANHE-(SE) UM MOMENTO O QUE PERDERAM ANOS;
SAIBA MORRER O QUE VIVER NÃO SOUBE!]

Dizem os primatas próximos que este tipo de símio costuma passear-se pelos corredores do poder com umas revistas, debaixo do braço, imitando a colheita de espigas, em que são o terror dos campos de milho, pois colhem uma espiga, que metem debaixo do braço, colhem outra, colocando-a no mesmo local, deixando cair a anterior, convencidos que continua lá,  revistas essas publicadas por uma universidade dos EUA, muito conhecida, nos meios da ciência e não-ciência, denominada "Harvart", com as quais evidenciam a sua erudição, mas que, entretanto, nem sabem distinguir:

Administração de Gestão;

Eficiente de eficaz, quando entra um e sai outro e quais os efeitos; 

Por que são Enfermeiros os Directores/Administradores de muitos hospitais norte americanos, onde os lóbis se assumem publicamente e pagam por isso; NÃO RATOS DE BOEIRO.

Porque os hospitais têm de dar lucro, lá, e quem os dirige são os Enfermeiros; estes símios de cá, em galhos alheios, apanham ministros bacocos, que só sabem somar abstrações matemáticas e, fazem-lhes a cabeça de tal maneira, com erudição podre, de tal monta, que a eficácia do método é a asneira em moto-contínuo;
Não sabem por que os americanos dirigentes dos hospitais aboliram o sistema de contratar Enfermeiros, à laia da estiva: iam para os átrios dos hospitais, de manhã cedo e o chefe Enfermeiro vinha e contratava uns quantos, à hora. (reparem como já se fala nos contratos, à hora, em Portugal). Mas como lá, nos EUA, não brincam com coisas sérias, mudaram o método e, hoje, compensam com 40% de bonificação salarial quem se comprometer a assinar contratos, por um período mínimo de 3 anos, rumo ao saber feito da experiência, porque o amadorismo sai caro, lá, como cá.

Conclusão; o problema não são as bacoradas que estes bacocos vomitam, misturadas com arrotos; o verdadeiro problema é haver quem deposite neles esperanças de renovação, quando, até, o povo diz: burro que não tem pé, não pode dar coice. (José Azevedo) 

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Each monkey on its branch (cada macaco no seu galho)

«Surpreendente ou talvez não, Adalberto Campos Fernandes e José Mendes Ribeiro concordam que diretores clínicos e diretores de enfermagem não devem fazer parte dos Conselhos de Administração (CA) dos hospitais. Em obediência ao inquestionável principio de cada macaco no seu galho. Assim, libertos da malta hospitalargenuínos gestores de profissão, sempre poderão cortar a direito mais à vontade.
Segundo Adalberto Campos Fernandes, «os hospitais devem ter uma direção técnica independente, com gente muito qualificada, que sobre algumas matérias tem obrigatoriamente de ser ouvida pelo órgão executivo (ciclo de debates «ÁGORA – Ciência e Sociedade).
Varridos dos CA, restará aos médicos, técnicos e enfermeiros a participação galharda nos órgãos de direção técnica. Com consulta obrigatória em matérias escrupulosamente selecionadas.»
  (E esta hein!?)
Nota: Todos sabemos o que se entende por gente muito qualificada. Nestes últimos anos os portugueses mudaram. Os políticos de pacotilha permanecem os mesmos.»

Visão minimalista da realidade não permitiu resolver problemas estruturais

quinta, 26 março 2015 14:54Adalberto Campos Fernandes
Visão minimalista da realidade não permitiu resolver problemas estruturais
Adalberto Campos FernandesTem-se verificado na área da Saúde uma persistente dissonância entre o discurso oficial e a realidade. Não faltam exemplos que atestem a afirmação. Desde logo, a restrição orçamental sustentada no controlo da despesa pública com medicamentos e na redução de salários, que não foi acompanhada de alterações estruturais… E os critérios nacionais de acesso à inovação terapêutica que tardam em ser definidos de forma clara.

Lacunas de uma governação que desistiu das reformas anunciadas, agravando o panorama nos cuidados de saúde primários e nos hospitais, e que desinvestiu nos recursos humanos fazendo diminuir a qualidade global das equipas e a respectiva estabilidade em termos de projectos profissionais. Ao mesmo tempo que agravou os pagamentos directos, por parte dos cidadãos, fazendo aumentar as desigualdades no acesso. A análise é de Adalberto Campos Fernandes. Em entrevista ao nosso jornal, o médico e gestor afirma que em certa medida tem prevalecido uma visão minimalista do SNS que, paradoxalmente, não ajudou a resolver praticamente nenhum dos seus problemas estruturais.
JORNAL MÉDICO |Referiu há dias que “o Governo tinha legitimidade eleitoral para aplicar um programa, por exemplo, de privatização, da substituição do sistema público pelo sistema privado, mas ficou a meio da ponte”… Qual a metade que cumpriu e a que ficou por ultrapassar?
ADALBERTO CAMPOS FERNANDES| A política de saúde foi subordinada, quase por inteiro, a uma leitura orçamental. É um facto que as obrigações internacionais, assumidas no memorando de entendimento de 2011, impunham metas difíceis no controlo da despesa pública em saúde. No entanto, o que verificámos foi a aplicação de cortes transversais, para além do fixado no memorando, e um reduzido empenho na concretização de reformas sectoriais com impacto estrutural no sector. A estagnação da reforma dos cuidados de saúde primários (CSP) e a ausência de uma eficaz reforma hospitalar são disso um claro exemplo. Em grande medida perdeu-se uma oportunidade de reformar o modelo de financiamento e de organização do sistema de saúde num contexto em que a generalidade dos intervenientes, no sector da saúde, manifestou um elevado espírito de cooperação. No balanço destes últimos quatro anos o que sobressai como mais evidente é a ausência de uma ideia política clara sobre o sistema de saúde e o papel do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no seu contexto.
JM | Que modelo de sistema se adequaria melhor à realidade nacional?
ACF | Nos últimos trinta e cinco anos o modelo constitucionalmente definido provou ser capaz de responder às necessidades dos cidadãos. Quando analisamos a evolução do sistema de saúde português, neste período e, em particular o SNS, constatamos uma impressionante capacidade de adaptação aos diferentes contextos económicos, sociais e políticos que se traduziu, em grande parte, na melhoria global dos indicadores de saúde. Não vejo, por essa razão, nenhuma justificação do ponto de vista político, social e económico para substituir o actual modelo. Outra coisa será a necessidade de introduzir as adaptações necessárias à transição social, económica e epidemiológica que o país vive através da concretização das medidas de reforma que melhor adequem as respostas às necessidades em saúde dos cidadãos.
JM | E de financiamento…
ACF | O modelo de financiamento deverá manter a sua base de contribuição fiscal na medida em que desta forma se garante uma maior equidade contributiva e um melhor equilíbrio nos princípios da cobertura geral e da universalidade. Num país onde persistem importantes desigualdades no rendimento cumpre ao Estado assegurar a mutualização do risco e salvaguardar a equidade no acesso a cuidados de saúde de qualidade. Tal não invalida a necessidade de tornar mais eficiente a relação entre financiamento e implementação das políticas de saúde, nomeadamente, através de um maior grau de eficácia na definição de prioridades bem como nos modelos de contratualização utilizados nos diferentes níveis e com as entidades prestadoras de cuidados. O financiamento terá de ser entendido como um instrumento de indução de eficiência e da equidade incorporando, cada vez mais, uma componente orientada para resultados que possa favorecer uma trajectória de sustentabilidade a longo prazo da despesa pública em saúde.
JM | Apontando os resultados do Relatório sobre o Envelhecimento de 2012, a Comissão Europeia (CE) afirma que o sistema de saúde português enfrenta um desafio de sustentabilidade fiscal, com as projecções da evolução da despesa a crescerem muito acima do valor médio esperado para a União Europeia (UE). É comportável?
ACF | Portugal confronta-se com um problema demográfico muito sério. A redução da natalidade conjugada com o fenómeno recente da emigração de população muito jovem veio agravar ainda mais a tendência de envelhecimento da população que já se vinha a desenhar há muito tempo. Não parece fácil a inversão desta tendência. Acresce o facto de o envelhecimento em Portugal fazer coincidir nos últimos anos de vida uma morbilidade mais complexa e mais impactante na qualidade de vida. Este facto é particularmente relevante quando nos comparamos com outros países com longevidade semelhante no que diz respeito à esperança média de vida. Este contexto social e demográfico faz antever sérios riscos orçamentais para os próximos anos tendo em vista a estabilidade do conjunto das políticas sociais. As opções são limitadas dependendo, sobretudo, da qualidade das escolhas sociais e políticas, em termos de prioridades, bem como da capacidade do país em criar valor através do crescimento da economia e do emprego.
JM | É viável suprir as necessidades de financiamento futuras através do aumento da comparticipação privada na despesa com saúde?
ACF | Não me parece que seja suportável num país com as nossas características sociais e demográficas sem que a tal corresponda um sério agravamento das desigualdades no acesso aos cuidados de saúde. Além disso uma repartição tão desequilibrada nas componentes da despesa induz uma desagregação do sistema de saúde e uma consequente dificuldade na implementação de políticas integradas de saúde.
A restrição imposta ao SNS, nos últimos anos, empurrou muitas pessoas para fora do seu perímetro de utilização não porque o desejassem mas porque as condições de acesso se foram tornando cada vez mais difíceis. Este facto contribuiu igualmente para a desnatação de profissionais do SNS e para um esforço financeiro acrescido por parte dos cidadãos e das famílias.
JM | Uma das medidas, mais vezes apontada como “certeira” nos relatórios internacionais de avaliação das reformas estruturais do sistema de saúde, é a da reorganização hospitalar… Que avança devagarinho, o mais das vezes à “socapa”…
ACF | É verdade que em múltiplos relatórios nacionais e internacionais a reforma hospitalar aparece quase sempre referida como o “alfa e o ómega” da sustentabilidade do sistema de saúde. Também não deixa de ser curiosa a dificuldade repetida, nos diferentes ciclos políticos, em a levar à prática. Creio que nesta dificuldade se misturam diferentes factores. Por um lado a questão do tempo e da oportunidade. Uma reforma dos hospitais é necessariamente matéria a tratar no início de uma legislatura. Tal pressupõe que o “trabalho de casa” deverá estar feito antes. Neste último ciclo político verificámos que a recomendação constante no memorando de entendimento de 2011 não teve aplicação atempada por aparente falta de preparação do processo. Daí a sucessão de estudos e de grupos de trabalho que atrasaram uma qualquer decisão acabando por determinar o seu congelamento. Em qualquer caso trata-se de uma reforma complexa e demorada que deve, obrigatoriamente, compatibilizar rigor técnico com adequação social e territorial.
JM | Como justifica a existência da portaria n.º 82/2014 de 10 de Abril? Foi uma tentativa de passar “entre as gotas da chuva”, ou teve outro objectivo?
ACF | Confesso alguma dificuldade em perceber o objectivo. Aparentemente tratou-se de uma medida legislativa pontual para enquadrar algumas situações decorrentes de falta de recursos e menos de um instrumento estratégico de governação.
JM | No actual panorama político português é possível cumprir uma mudança tão radical?
ACF | A concretização deste tipo de mudanças requer diálogo com os diferentes actores políticos, sociais e profissionais. No entanto, o aspecto mais importante reside na qualidade técnica das propostas e das alternativas apresentadas. Os representantes locais e as populações reagem muitas vezes pelo receio de perder algo garantido em troca de alguma incerteza. Nessa medida é preciso garantir a cooperação de todos os intervenientes através da demonstração do valor das transformações bem como das medidas de recomposição da oferta de cuidados. Intervir no perfil assistencial de um hospital, por si só, não fará nenhum sentido se em cima da mesa não estiverem bem evidenciadas as regras de referenciação, o reforço dos cuidados de saúde primários e continuados, a rede de transportes entre muitos outros aspectos que configuram o mosaico global da oferta de cuidados.
JM | Quando referiu “tiveram medo de atacar o SNS, bateram com a mão no peito a defendê-lo, mas foram, por omissão, provocando danos que são irreparáveis”, a que danos se referia exactamente?
ACF | Parece ter existido uma persistente dissonância entre o discurso oficial e a realidade. São múltiplos os exemplos. A restrição orçamental sustentada no controlo da despesa pública com medicamentos e na redução de salários não foi acompanhada de alterações estruturais. Os critérios nacionais de acesso à inovação terapêutica tardam em ser definidos de forma clara. O desinvestimento nos recursos humanos fez diminuir a qualidade global das equipas e a respectiva estabilidade em termos de projectos profissionais. O agravamento dos pagamentos directos, por parte dos cidadãos, fez aumentar as desigualdades no acesso. A desistência das reformas agravou o panorama nos cuidados de saúde primários e nos hospitais. Em certa medida prevaleceu uma visão minimalista do SNS que, paradoxalmente, não ajudou a resolver praticamente nenhum dos seus problemas estruturais.
JM | “O SNS não morreu, nem vai morrer”, ouve-se insistentemente. Acredita?
ACF | O SNS representa um dos pilares de sustentação da democracia fundado num poderoso quadro de valores políticos e sociais. Os portugueses convergem num sentimento de grande unanimidade sobre a importância do SNS perdurar como um eixo estruturante da protecção na saúde e do desenvolvimento humano. Nessa medida, acredito que o SNS resistirá a este ciclo de grandes dificuldades conservando o seu potencial endógeno de recuperação e de desenvolvimento.
JM | Qual o rumo que deve ser seguido?
ACF | Será possível reencontrar um caminho para o desenvolvimento do SNS num contexto global de eficiência e de equidade no acesso a cuidados de saúde de qualidade. É fundamental gerar consensos em torno de uma estratégia que encontre na qualidade dos cuidados e na transparência dos processos os ingredientes fundamentais para a sustentabilidade duradoura a médio e longo prazo. Para tal será importante reconhecer nos profissionais um importante papel enquanto aliados e não como adversários deste caminho. No fundo, procurar uma vasta aliança estratégica para o desenvolvimento do SNS e para a melhoria global da saúde com todos os que são parte interessada no seu sucesso.
JM | Nos últimos dias o caos nas urgências e as demissões que o acompanham têm sido um dos principais “ganha-pão” dos jornalistas. Como avalia a situação?
ACF | Trata-se de um sinal muito negativo da fragilidade das instituições que integram o SNS. Por vezes parece transformar-se na única forma de forçar cedências perante necessidades críticas. Revela igualmente uma diminuição da capacidade de gestão dos órgãos de administração e de problemas ao nível da monitorização do funcionamento do sistema por parte das administrações regionais e central da saúde.
JM | No último balanço social do SNS, de 2013, constata-se que 78% dos recursos humanos estão nos hospitais contra apenas 22% nos CSP. Faz sentido?
ACF | Este é verdadeiramente o “calcanhar de Aquiles” do sistema de saúde português. Uma excessiva concentração de recursos nos hospitais agravada pela deficiente articulação interinstitucional e incipiente partilha de recursos. A reorientação do sistema de saúde português passa pelo reforço dos cuidados de proximidade e pelo investimento em estruturas e recursos humanos que possam transferir a centralidade do sistema para fora do hospital. Neste sentido é fundamental resolver as “hesitações” políticas quanto aos modelos de organização dos CSP tornando estes fortemente atractivos do ponto de vista profissional e reforçando a qualidade da percepção dos cidadãos face à respectiva importância no contexto do sistema de saúde.
JM | É possível e desejável alterar – em tempo útil – este cenário?
ACF | Parece possível que assim seja. Aliás não haverá trajectória credível de sustentabilidade para o SNS que não passe pelo reforço deste pilar de cuidados e pela simultânea requalificação e racionalização da rede hospitalar através de um processo de reordenamento e de concentração de competências.
JM | Há défice de cuidados hospitalares porque há falta de recursos e profissionais ou por má organização? Ou por tudo junto?
ACF | Tem sido recorrente o argumento da falta de profissionais, nomeadamente, médicos. Creio que estamos perante uma apreciação deturpada da realidade do sistema de saúde. Em abstracto, na comparação internacional, Portugal tem um ratio de médicos por 100.000 habitantes que se encontra acima da média dos países da OCDE. Tal não significa que nalgumas especialidades, por razões específicas de demografia médica, não possam ser identificadas algumas dificuldades. Outra coisa é ignorar o impacto da desorganização dos cuidados e dos modelos de gestão de recursos no desempenho global do sistema. Nessa matéria temos muitas deficiências que acabam por gerar ineficiência na resposta dando a percepção pública errada da falta de recursos. A falta de clareza na abordagem das dificuldades gera confusão e não é útil no desenho das soluções. Tal como como não se deve confundir ineficiência e desperdício com subfinanciamento, também me parece errado confundir falta de recursos com desorganização e ausência de planeamento estratégico.
JM | A sigla EBITDA entrou no vocabulário indígena. Tendo em conta o modelo de financiamento (com todas as suas vicissitudes, desde logo a do subfinanciamento crónico)… É “sigla que se tenha” no SNS que temos?
ACF | Ninguém põe em dúvida a necessidade de equilíbrio orçamental e do consequente rigor na gestão. Num país com recursos escassos os deveres de transparência e de qualidade na gestão tornam-se ainda mais pertinentes. Outra coisa bem diferente é aplicar metodologias de controlo de gestão e de avaliação de desempenho, de natureza empresarial, a instituições a quem foram retiradas a grande maioria dos instrumentos de gestão e de autonomia. Trata-se de mais um dos paradoxos de difícil compreensão.
JM | A meio da ponte também ficou a reforma dos CSP. Temos metade do país em USF e a outra em unidades sem um modelo homogéneo, genericamente designadas de UCSP. Das candidaturas entradas em 2014 só uma avançou… Como “lê” esta realidade?
ACF | Parece um sinal claro da falta de vontade em considerar os CSP um instrumento estratégico de transformação do sistema de saúde. A estagnação verificada aliada à vontade de desconstruir o modelo ensaiado na reforma iniciada em 2007 explicam a realidade actual a nível nacional. Sem vontade política não será possível avançar para um quadro de homogeneização estrutural e funcional capaz de assegurar em todo o território uma equivalente garantia nas condições de acesso aos CSP.

JM | Que funções e em que contexto se podem "descentralizar" serviços de saúde… Entregando-os às autarquias locais?
ACF | Não está claro se estamos perante uma transferência ou uma delegação de competências. Aparentemente não terá havido consenso bastante entre a administração central e a administração local. Tenho muitas reservas quanto à transferência de competências em matéria de política de saúde global. Tal não diminui, contudo, a utilidade de se estabelecerem parcerias locais em áreas tão distintas como a promoção e a educação para a saúde, os cuidados de proximidade e o apoio directo às populações, a mobilidade dos doentes, a continuidade de cuidados e ainda a síntese entre as intervenções específicas em saúde e a acção social e comunitária.
[Deus escrve direito por linhas tortas, diz o ditado.
O Jonal Médico (JM) andou a fazer-lhe propaganda para o lançar no caminho do ministério da saúde, sem perceberem que ele só tina jeito para coveiro do SNS, pois os seus apetites estão na HPP, como diz o seu curriculo da vida.
Enquanto foram somente os Enfermeiros a serem enterrados pelo coveiro (diz quem sabe), cuspiam para o lado e assobiavam para o alto;
Quando chegou a vez dos Médicos e o Ministro das Finanças lhe tirou a caneta de assinar cheques, é que são elas... digo eu, José Azevedo]
Médico, gestor… Ministeriável
Na última década tem surgido invariavelmente na lista de ministeriáveis, sempre que na Av. João Crisóstomo há mudança de inquilino. Independentemente da cor dominante no novo ciclo político… Médico especialista em Saúde Pública, gestor hospitalar e docente universitário, Adalberto Campos Fernandes preside actualmente à Comissão Executiva do SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde. Foi presidente do Conselho de Administração da HPP Parcerias Saúde, SA, Hospital de Cascais; cargo que também desempenhou no Hospital de Santa Maria e no Hospital Pulido Valente, unidades que integram o Centro Hospitalar Lisboa Norte. Professor Auxiliar Convidado da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa nas áreas de Administração Hospitalar, Gestão em Saúde e Políticas de Saúde, é membro da Direcção do Colégio da Competência de Gestão dos Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos. Integra ainda a direcção do INODES - Associação de Inovação e Desenvolvimento em Saúde.
NB: Sabiam que o Hospital de Santa Maria esteve para fechar na presidência de Adalberto Fernandes sem ele ter dado por nada, como o próprio informou!?

VEJAM, Ó GENTES CURIOSAS, COMO ELES SE JUNTAM, DESTA VEZ, PARA OS NEGÓCIOS DA CHINA. ATÉ FORAM LÁ BUSCAR UMA TAL DE ISABEL PERITA NESSES NEGÓCIOS PARA LANÇAR MAIS UM PARÁGRAFO, À CORREIA DE CAMPOS, NA GALÁXIA DA SAÚDE, ONDE ABUNDAM OS MITOS, AS FALÁCIAS E OS PRECONCEITOS, TUDO DA IMAGINAÇÃO FÉRTIL DESTE ADVOGADO, QUE EM RENE, PAGO COM BOLSA DO ERÁRIO PÚBLICO PARA OBTER CONHECIMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO À FRANCESA, QUANDO PINGUEIRO E NOSTÁLGICO, TREPAVA AOS POSTES DE ELECTRICIDADE, PARA SE EVIDENCIAR JUNTO DOS COLEGAS, TAMBÉM BOLSEIROS, COMO ILUMINADO PELO DESTINO. FOI MESMO PRESO POR UM "GENDARME" QUE NÃO SABIA TRATAR-SE DE UM ILUMINADO.
SE A CENA FOSSE COMIGO APARAFUSAVA-LHE UMA LÂMPADA DE 500W NUM BURACO QUE SUPORTASSE O CASQUILHO. 
E ESPERAVA POR ESTA LUZ IRRADIANTE. 

Para o que uma mãe cria um filho!!!

Não percam o convite, se querem perceber mais um pouco do que se passa com o SNS monitorizado por estes iluminados:
O Mendes faz relatórios de Outono, para não se confundirem com os da Primavera;
António Campos escreve livros;
Adalberto Campos faz de quem não sabe, não vê e não estava lá. E fotografa.  

Com amizade e sempre curioso para com eventos inovadores, como se antevê, não vou faltar, porque a estória precisa do registo destes lampejos de talento e conhecimento.
Quando eles sonham o "mundo pula e avança", como diz o Poeta. Naqueles casos o pulo e o avanço são pra trás!
Esperavam o quê?
(José Azevedo)













Camões dá uma ajuda hermenêutica ao pítio


















Luís Vaz de Camões

Portugal 
1524 // 10 Jun 1580 
Poeta 

s




{Erros meus, má Fortuna, Amor ardente 
Em minha perdição se conjuraram; 
Os erros e a Fortuna sobejaram, 
Que para mim bastava Amor somente. 

Tudo passei; mas tenho tão presente 
A grande dor das cousas que passaram, 
Que já as frequências suas me ensinaram 
A desejos deixar de ser contente. 

Errei todo o discurso de meus anos; 
Dei causa a que a Fortuna castigasse 
As minhas mal fundadas esperanças. 

De Amor não vi senão breves enganos. 
Oh! Quem tanto pudesse, que fartasse 
Este meu duro Génio de vinganças! }

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos" 





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