domingo, 17 de julho de 2016

A ORDEM DOS ENFERMEIROS E AS METAS DA SAÚDE PARA TODOS


ACTOS, DESACTOS,  DESACATOS E A ORDEM DOS ENFERMEIROS

Pensei alguns instantes na opção a seguir:
Se devia incluir este reparo no texto das 21 metas de saúde mais as 38 metas para o mesmo fim, especialmente dedicadas aos Enfermeiros, para semearem na população, não só para darem "mais vida aos anos" como para darem "mais anos à vida".

decidi, em última instância, dizer estas breves palavras, em separado, na expectativa de que alguém as possa ler, algum dia, pois, como sabem, por experiência, o caminho do DEVER está cheio de dificuldades.
E mesmo a dignidade que se atinge, através dele, não passa de um substantivo, como todos os terminados em "ade", sem substância.
O "poder" e o "ser", têm sido, na Ordem dos Enfermeiros, duas anfibologias constantes.
Sem pedirmos ajuda ao São Tomás de Aquino e ao seu tratado sobre o ser e a essência , podemos começar, por afirmar que o SER é o que É;
E o PODER é o que PODE.
O poder da Ordem não tem sido usado, no sentido do poder vir a ser, mas no mau sentido do poder pelo poder, ainda mais despido de substância do que os substantivos terminados em "ade".
A ignorância dos representantes de Enfermeiros que por lá têm andado, só prova que ninguém nasce ensinado e que o poder se pode exercer, mesmo sem saber para quê.
Por isso, sem entender a essência do poder, usá-lo, ou não, é uma e mesma coisa.
A falta de visão para o cargo desempenhado, leva ao vazio, de poder fazer, ser, etc. e não faz nem é.
O paradigma do poder da Ordem está por construir, porque a tendência tem sido a de imitar a função sindical, incompatível estatutariamente, embora seja mais visível fingir de sindicato pós-modernidade, mais evoluído e até, mais polido e menos assustador. Porém, a incompatibilidade de estatutos leva ao resultado zero, muito útil para a diminuição de coesão da Classe. Até já montaram um grupo de "bufos", para denunciarem, à Ordem, os bem e os mal comportados. Uma espécie de delegados sindicais.

Todavia, sendo o campo da Ordem o do ser e, sobretudo o do DEVER-SER, é da sua principal responsabilidade o sono profundo em que mergulharam as METAS DA SAÚDE, 38 E/OU 21.
Foi uma atitude, relativamente meritória, a publicação do perfil profissional do Enfermeiro e respectivas especializações, numa visão dinâmica, porque as coisas, que nos rodeiam, evoluem e nós com elas, donde resulta a impossibilidade de definição estática para a eternidade do ACTO ENFERMEIRO, sem esta visão dinâmica da coisa.

Tenho muita pena que a Ordem dos Enfermeiros, não esta, que ainda não teve tempo, mas as anteriores (as 38 metas de Alma Ata são de 1977 e as 21 de Munique são contemporâneas do nascimento da Ordem dos Enfermeiros.), tenha dedicado tão pouca atenção e importância a uma matéria tão fundamental, assistindo e, aceitando pacificamente, à subversão do papel do Enfermeiro nos CSP e não só.
Estas metas, feitas para Enfermeiros, estão em vias de irem parar a outras mãos, lenta e progressivamente, mesmo a mãos erradas, como as dos Médicos, que já afirmam, com a coragem que se lhes conhece, que também são para eles, porque eles são a equipa e o resto é complementaridade, como alguns Enfermeiros dos que nasceram para morrerem estúpidos, como nasceram, chegaram a fazer disso norma legal repetida.

Se o perfil do Enfermeiro se ajusta às Metas da Saúde para todos;
Se as metas foram feitas, essencialmente, para o perfil Enfermeiro, entendo que a Ordem tem uma óptima oportunidade de as  implantar e desenvolver, sobretudo em época de actos e desactos.
O interesse que a Ordem demonstra pela criação de emprego, passa primeiramente, pela exposição das necessidades não satisfeitas, para que o Enfermeiro seja muito mais do que é, mas deve-ser.
E as metas da saúde para todos dormem, placidamente, com todos os inconvenientes, que se conhecem por causa das necessidades, que deviam cobrir, não estarem satisfeitas, senão subvertidas, até, enquanto a Ordem tem estado ausente deste papel que, SMO; é essencialmente seu.

Com amizade,
José Azevdo

Mas quando eles se zangam, já não é só responsabilidade:

ZANGAM OS COMPADRES, ZANGAM-SE AS COMADRES <prima aqui>

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