sexta-feira, 15 de julho de 2016

EFEITOS PERVERSOS DA MÁ ORGANIZAÇÃO PROPOSITADA

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MÁ ORGANIZAÇÃO PROPOSITADA [prima aqui]

Todos os problemas, bem equacionados, têm solução.
Por que há anarquia, nas urgências hospitalares?
Resposta: porque as urgências são lugar de muita visibilidade e, ao comércio da saúde, dá jeito pôr no controlo desta montra, pessoas sábias, especialistas em garantir a anarquia.
Por que mantêm aos Médicos dos "quadros" hospitalares, horários de 24 horas de serviço, quando os Enfermeiros e outros fazem turnos de 7 horas (os normais e de lei)?
Porque dá jeito fazer uma semana de trabalho em 24 horas, que dão para fazer uma intervenção cirúrgica, umas consultas, para arranjar a cirurgia da semana seguinte, e dormir descansado, nos dormitórios obrigatórios dos Hospitais.
Por que se acumulam doentes, nas urgências, se possível, em macas, nem que sejam as dos bombeiros, para dar maior visibilidade à coisa?
Porque os "maçaricos", que ficam de bata barnca ou de cor e cabrito aos ombros, para se confundirem com Médicos de raiz, confundem vómitos de vinho tinto dos borrachos, com hemorragias gástricas. Nem o faro ajuda. E os Enfermeiros viram as costas a estas anomalias, de tão cansados e habituados à inércia...
Mas e onde anda o Médico capaz?
Que raio de coisa; ainda agora, aqui, estava.
E o maçarico espera e desespera, prometendo a si e, aos demais que, quando for grande, vai fazer o mesmo.
Seria tão fácil resolver isto...
Só que para garantirem liberdade de movimentos aos Médicos qualificados, que resolveriam, que ninguém duvide, rapidamente e bem, estas enchentes, viram-se para a contratação de tarefeiros desnecessários, se houvesse organização e métodos de controlo das baldas, a começar pelos horários decentes e iguais, para construir equipas coesas e auto-treinadas, numa área, onde a experiência é fundamental para reduzir espaços e tempos mortos, eventualmente fatais, para quem está mesmo a precisa de ajuda urgente.

Estes fenómenos das urgências trazem-me à memória uma cena, que presenciei, numa carruagem de metro sobrelotada, em hora de ponta.
Uma mulher de fino traço, tinha encostada a si, uma daqueles homólogos ou parecidos, tipo lingrinhas.
A dado passo, a mulher, em tom solene, perguntou: que está a fazer?
O lingrinhas, imitando um jogador de futebol, quando levanta as mãos, para tentar enganar o árbitro, para evitar o castigo correspondente, à gravidade da falta, respondeu: eu não estou a fazer nada!
Então saia daí e dê o lugar a outro, disse-lhe a mulher heteróloga.
E o lingrinhas abandonou o local, onde era eficazmente inoperativo.
Mas nas urgências, não há quem corrija estes métodos, com décadas de existência e perpetuam-nos, permitindo que, cada geração dos ditos "emergencistas", se vingue, fazendo o mesmo da geração a que sucede, para que estes maus hábitos não se percam, pois são eles que proporcionam, entre outras coisas, PODER aos seus praticantes.
E a montra continua.
Com amizade,
José Azevedo

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Recebi esta informação: "Sobre gastos em saúde... Vai aqui https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/portal-base/export/?sort=datacelebracaocontrato e baixa o Excel. Formata para te dar apenas os custos com contratação de serviços de enfermagem e de serviços médicos, de 2015 até ao presente. E vai dar-te qualquer coisa como: Enfermagem - 371.295,52€; Médicos - 30.039.947,88€. Eu, (diz o Manuel) que não sou de conspirações, diria que: os médicos tiveram um aumento de mais 5 h por semana e ganhos de eficiência com diminuição de custos nem vê-los. Aliás, não só vão buscar milhões a estes contratos como querem as horas extraordinárias pagas a 100%. Enquanto forem médicos a tomar a decisão sobre a afetação de dinheiro a recursos humanos vai continuar este fartar-vilanagem. No CHUC, que é o hospital com mais anestesistas do País, vão contratar uma empresa de anestesistas para “produzirem” mais (os outros, do horário normal, chegam a ser aos 6 e aos 7 fora, por dia, em formação). Não há enfermeiros suficientes para garantir os tempos operatórios todos mas não se fala em contratar mais enfermeiros. Os enfermeiros vão passar para as 35 horas mas não se fala em contratar os enfermeiros que faltarão (num contexto onde já têm de recorrer a horas extraordinárias). Andamos todos muito entretidos a discutir migalhas por causa das 35 horas quando o grosso do dinheiro continua a ser mal aplicado. Faltam assim tantos cuidados médicos em Portugal? Ou faltam cuidados de enfermagem? Quem decide sobre a aplicação do dinheiro não decide em causa própria? Onde está a moral do sistema?"

Concorco com o Manuel: os juizes em causa própria dificilmente perdem o vício de julgarem a seu favor.
Equanto não corrigirem este erro a tendência é para o agravamento da situação, até à derrocada final.
Falam na sustentabilidade do SNS, para assustar os incautos mas, por aoutro lado vão aumentando as despesas criando necessidades artificiais, para serem resolvidas pelos Médicos.
Todos os Médicos têm de ser especialistas, mesmo que seja com uma especialidade de migalhas e generalidaes como é o famigerado "Médico de Famílias", agravando as despesas.
Todos os Enfermeiros se especializam pagando do seu bolso as propinas e os horários de que precisam para a frequência de aulas e estágios.
Este SNS está mesmo a precisar duma vassourada séria e enorme.
O problema é encontrar alguém com idoneidade e nobreza de carácter a funcionar e que seja nomeado por quem tem o dever de cuidar do erário público.

Se analisarmos o percurso da nossa democracia, facilmente verificamos que os cursos superiores, sem o sufixo "eiro", tais como: Médicos, Advogado, são eles os que mais se abastecem na fonte do erário público e fabricam leis e outras normas que os favorecem. Por outras palavras; são eles que mandam, comandam e desmandam.
Para preparação da criação de alternativas, mais justas para o lado dos Enfermeiros aconselho o texto da "revolta dos escravos", que também tem uma versão cinematográfica.

E até há uma corrente filosófica: o espartaquismo. Ler sobre essa matéria para conquistar mais justiça e equidade!... 
José Azevedo

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