quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

HERÓIS ANÓNIMOS DO CHSJ

Estamos perante uma exposição dirigida por um grupo de Enfermeiros Anónimos, que se queixam de anomalias que há no serviço.
Há as tais chefias de conveniência e/ou circunstância, como é o caso que não conhecendo minimamente as normas de decência de quem chefia licenciados, ainda usam o modelo de quando a Enfermagem era constituída 10/1 Auxiliares de Enfermagem.
E ficaram com esse modelo na mente sem crítica nem atualização.
Como facilmente se depreende, a grandiosidade do Hospital de São João e a hierarquia estagnada, pelas mesmas razões, perpetuando aquele ditado «NÃO SIRVAS A  QUEM SERVIU NEM PEÇAS A A QUEM PEDIU», permite que germinem e se mantenham décadas espécimens destes.
Compete à Ordem dos Enfermeiros punir os energumenos em cargos de responsabilidade, que conspurcam com atitudes imbecis, e não respeitam os seus colegas, infernizando-lhes a  vida.
Curiosamente são dois serviços supervisados pelo mesmo supervisor, onde se estão a passar situações como a exposta.
Compete à Administração corrigir, a bem ou a mal estas faltas de condições, que estão a ser proporcionadas aos Enfermeiros.
Vamos seguir com atenção estes casos se a Ordem não lhes der o tratamento, que merecem, dar-lho-emos nós.
Com amizade,
José Azevedo
EXPOSIÇÃO À ORDEM


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AOS SIMPLES ("Velhice do Padre Eterno" de Guerra Junqueiro)

Minha mãe, minha mãe! ai que saudade imensa,
Do tempo em que ajoelhava, orando, ao pé de ti.
Caía mansa a noite; as andorinhas aos pares
Cruzavam-se voando em torno dos seus lares,
Suspensos do beiral da casa onde eu nasci.
Era hora em que já sobre o feno das eiras
Dormia quieto e manso o impávido lebreu.
Vinham-nos das montanhas as canções das ceifeiras,
Como a alma dum justo, ia em triunfo ao céu!...
E, mãos postas, ao pé do altar do teu regaço,
Vendo a lua subir, muda, alumiando o espaço,
Eu balbuciava a minha infantil oração,
Pedindo a Deus que está no azul do firmamento
Que mandasse um alívio a cada sofrimento,
Que mandasse uma estrela a cada escuridão.
Por todos eu orava e por todos pedia.
Pelos mortos no horror da terra negra e fria,
Por todas as paixões e por todas as mágoas...
Pelos míseros que entre os uivos das procelas
Vão em noite sem lua e num barco sem velas
Errantes através do turbilhão das águas.
O meu coração puro, imaculado e santo
Ia ao trono de Deus pedir, como inda vai,
Para toda a nudez um pano do seu manto,
Para toda a miséria o orvalho do seu pranto
E para todo o crime o seu perdão de Pai!...

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