quinta-feira, 20 de abril de 2017

A PARENTALIDADE, NA ENFERMAGEM



É do nosso Sindicato a honra e o mérito de, em conjunto com a Liga da Profilaxia Social, Associação de que somos sócios, termos conseguido demover o Salazar e seus ministros a terminarem com o estigma de as Enfermeiras poderem ter filhos (o aborto era ilegal), mas não poderem casar e trabalhar, como casadas, em Hospitais públicos.
Estávamos na década de 1950. Esse ferrete acabou, quando foi inaugurado o Hospital de São João.
Curiosa e vergonhosamente, a mentalidade salazarenta perdura, na mente dos maus administradores que temos, sejam Enfermeiros ou outros.
Acresce a circunstância de, no contexto atual, haver mulheres a tentarem ser homens e os vice-versa, a tentarem ocupar as vagas deixadas por estas, a propagação das espécie anda muito por baixo, pois a Natureza não segue as liberdades, que a contrariam.
Apesar dessas excepções, a regra é que as Enfermeiras normais querem constituir família e fazer jus à sua condição feminina.
É, aqui, que começam as dificualdades, que os cálculos mal feitos, por administradores medíocres, proporcionam.
Mas vão ter de abolir do meio hospitalar a ideia de negar o direito à Mulher Enfermeira de ser Mãe.
É nesta conjuntura que a Mulher atinge a sua máxima dignidade, que nenhum eunuco pode contrariar.
A tendência é para a mente salazarista: as Enfermeiras podem ter filhos, mas que os aturem, porque o Estado Português, laico e republicano, não lhes reconhece os direitos da maternidade.
E os políticos não se envergonham desta sem-vergonha, porque se não há vergonha esta, não pode influenciar os mais débeis É, neste ponto, que reentra o nosso Sindicato dos Enfermeiros, como em 1959, a impor todos os direitos que a maternidade confere às Mães Enfermeiras.
Não sou a favor, nem perito, em complexos de Édipo, mal enquadrados, pois ele casou com a Jocasta sem saber, que era sua mãe, o que nada tem a ver com os mamões conscientes, note-se.
Todavia, não vamos perimitir que os abusos, à lei da parentalidade, façam carreira, nos hospitais públicos.
O que é mais espantoso é os humanistas Enfermeiros/as, em nome dos economicismos das más administrações, que poupam na farinha o que gastam no farelo, para porcos, se deixarem enrolar nestas praxes.
Ao ataque às práticas desumanas, de má memória.

Mas com amizade e comiseração, porque o erro, também é muito humano e ninguém, senão Ele, é perfeito,
José Azevedo

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