sexta-feira, 25 de agosto de 2017

UMA AJUDA SOBERADA DO HOSPITAL SANTA MARIA



Perguntam-nos por que elogiamos a atitude do Sr. Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria?
É fácil de entender o nosso agradecimento e louvor.
Se virarem os binóculos para aquela parte de ver ao longe, conseguem ver que o Dr. Carlos Martins, com o seu inquérito de 5 dias para saber SE HOUVE NEGLIGÊNCIA DAS PARTEIRAS NA MORTE DO FETO, QUE ANTES DE MORRER ESTAVA VIVO, COMO DIRIA LAPALISSE, E DEPOIS CASTIGAR OU MANDAR CASTIGAR A EVENTUAL NEGLIGENTE.
Quando eu era pequenino constatei que, QUANDO O ENFERMEIRO FALHA, O DOENTE MORRE-SE. Esta coisa singela constatei-a nos 11 anos, em que chefiei o serviço de Urgências do Hospital de São João, que, até é o mais parecido que temos, com o de Santa Maria: um, no Porto, outro, em Lisboa.
Senhores governantes, estejam atentos à simplicidade, com que este ilustre administrador ilustra, EVIDENCIANDO a importância das parteiras. Se elas não agirem, em circunstâncias extremas, os fetos ou frutos da entranhas maternas, mais ou menos maduros, correm risco de morte. Por isso o Sr. Presidente, sabendo do valor máximo das parteiras, também nestes casos, foi direto ao fundo da questão: houve ou não sonegação negligente do cuidado vivificante e salvador da parteira, pois só ela tem capacidade para salvar vidas em perigo. E se a prteira negou esta sua capacidade ou competência a um feto em perigo, o seu merecido castigo será um hino de louvor às parteiras.
Se fosse eu a dizê-lo, não tinha o mesmo significado, pois como, por salientar os méritos destes profissionais, até me chamaram pai das parteiras, iam dizer que estava a proteger os filhos.
O Dr. Carlos Martins deu um impulso soberano à causa das parteiras nos tempos que correm que são de protesto das parteiras mal pagas e mal reconhecidas.
De facto, elas são as salvadoras de situações normais e extremas, até!
Parabéns, queridas filhas e filhos.
E os médicos, para que servem?
Qual o seu grau de responsbilidade?
É zero, porque, quando as coisas correm mal, a culpa é sempre dos Enfermeiros, parteiros ou não.
Esta teoria, muito nossa, não é mais do que a constatação de factos decorridos nos tribunais, que conseguimos ganhar ao acusador. Repousam, como testemunhos da teoria, nos nossos arquivos.
E a conclusão prática é: quando as coisas correm bem, o Enfermeiro desaparece; quando correm mal; é chamado ao castigo para assumir as culpas, nos erros, ainda que alheios, que não conseguiu corrigir!
Embora prática antiga, como nos vai ajudar nas negociações do ACT e na dialética que as envolve, originada, ou nascida, na fonte das "desculpas de mau pagador".
Obrigado, sinceramente obrigado, Dr. Carlos Martins, pela ajuda soberana.
José Azevedo disse.


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