quarta-feira, 20 de setembro de 2017

AS NOSSAS CONDIÇÕES DE UNIÃO




ENFERMEIROS, QUEM OS DIVIDE E QUEM OS UNE
Quando, em 2009 Manuel Pizarro se gabou de, já ter comido os Enfermeiros, numa reunião da Distrital do PS Porto e teve de suportar a ira dos Enfermeiros do grupo;
Quando Ana Jorge, Ministra da saúde, de que aquele era Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, se gabava de não ter de pagar diferentemente aos especialistas porque eles trabalhavam de graça, para não perderem o treino;
Quando a nossa assinatura,  num documento foi feita para negociações conjuntas dos 4 Sindicatos, negociações que nunca existiram e os negociadores passaram a ser somente dois de 2009 até hoje, funcionando a UNICIDADE SINDICAL ENFERMEIRA, para o Ministério da Saúde, não obstante as centenas de ofícios da FENSE a requerer o mesmo direito negocial;
Quando esse método foi enganando os Enfermeiros com negociações a longo prazo, ninguém falava em divisão da Classe e ninguém clamava pela união da Classe.
SEP e Ordem dos Enfermeiros formavam um todo homogéneo, porque a que criou um bastonava a outra. Foi uma época negra para a Enfermagem, onde se cometeram os maiores erros travões da dinâmica anterior a essas potencialidades.
Hoje, a FENSE (SE e SIPE) exige o mesmo direito negocial que a CNSE (SEP e SERAM).
Ora, isto não é dividir os Enfermeiros, porque a Ordem é única, mas os Sindicatos, já vão na meia dúzia com tendência para aumentar. (Ver a decadência sindical francesa com o eclodir dos “champignons”).
A propósito da divisão dos Enfermeiros, quem os divide é quem não se quer misturar, porque se se misturasse ficava igual aos iguais. Todavia, apostam em ser diferentes.
Por exemplo: as tendências sindicais dos Médicos são simétricas às dos Enfermeiros, mais ou menos; apesar disso, têm uma só mesa negocial e, já celebraram 2 ACT, segundo o Dr. Pedro Alexandre, da ACSS;
Os Enfermeiros, divididos propositada e necessariamente, estagnaram, desde 2005, até 2009 e, desde 2009, até hoje, continuaram estagnados. A ideia era essa!
Em 24 de Julho, como provam as atas, andou a FENSE enrolada numa Comissão Técnica criada, na ACSS, para o efeito.
Em 16 de Agosto entregou a FENSE um projeto de ACT, ao Sr. Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Saúde, que garantiu, sob palavra de honra, em resposta a uma pergunta nossa, que, até à data (16/08/2017) a outra frente Sindical CNESE, não estava a negociar nada nem tinha conhecimento de qualquer projeto negocial da CNESE.
Mas, em 1/08/2017 a CNESE, mesmo sem projeto negocial à vista, já tinha de reserva uma data (12/09/2017), para o que desse e viesse. E vieram os 5 dias de greve da FENSE (11 a 15/09/2017).
A Enfermagem é um Corpo Especial da Função Pública, como Especial é a sua Carreira.
Os nossos Colegas da CNESE têm estado a negociar as sortes das Carreiras de Regime Geral de que a Enfermagem está arredada, obviamente, por isso, não eram conhecidas as suas propostas, no Ministério da Saúde e o Sr. Chefe de Gabinete do SES não mentiu, portanto.
Perante o apoio dos Enfermeiros, à proposta de ACT da FENSE, durante a greve e durante a Manifestação, em Lisboa, curiosamente encolhida e quase reduzida aos Enfermeiros, que de todo o país, em carro próprio, de comboio e, somente, os 50 autocarros, por nós disponibilizados, transportaram 2500 Enfermeiros, apesar de ser vista por “especialistas em contagem”, com os binóculos virados ao contrário, diminuindo em vez de aumentar o número dos manifestantes, temos um compromisso solene perante eles, que vamos cumprir levando, até ao fim, a nossa proposta.
Ao contrário do que nos diziam os Colegas da CNESE, ao não quererem a mesa negocial comum, na nossa mesa há lugar para mais um, desde que adira à nossa proposta de ACT; venha vestido de Egas Moniz e sem a mania da grandeza. Estas são condições essenciais.
Se não aderir à nossa proposta terá de haver duas negociações, pois não há UNICIDADE SINDICAL EM PORTUGAL.
E pelas provas públicas se pode ver que, se algum dia o SEP foi maioritário, sem a Ordem acoplada, há muito que deixou de o ser. A rua está livre para a demonstração.
Não há bem que não se acabe, nem mal que dure para sempre”, diz o Povo.
Há um convite da Ordem dos Enfermeiros para reunir esta duas frentes sindicais, no próximo dia 21.
As nossas regras estão esboçadas acima, pois estão caucionadas pelo apoio inequívoco dos Enfermeiros.
Pela FENSE
José Azevedo e Fernando 

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